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Videoteca Jornalística
A análise da forma que a indústria cinematográfica retrata os jornalistas e o jornalismo em si, revela diferentes enfoques e retrata muitas experiências, a maior parte delas reais ou baseada em fatos reais. Já reuni mais de vinte filmes sobre o assunto e abaixo segue uma análise de alguns deles. O auxílio na pesquisa técnica teve como fontes os sites IMDb e Adoro Cinema, além dos encartes dos filmes.

A Montanha dos Sete Abutres
Produzido e dirigido por Billy Wilder, este filme de 1951 foi baseado no livro “Trapped!”, de Robert K. Murray e Roger W. Brucker, por sua vez inspirado em um acontecimento real. Em 30 de janeiro de 1925, no Estado de Kentucky, Estados Unidos, o camponês Floyd Collins, entrou na gruta Sand Cave e ficou preso em virtude de um desmoronamento. A instabilidade na gruta, com mais desmoronamentos iminentes, dificulta sua retirada e muitos curiosos começam a chegar ao local. Três dias depois, chega o jornalista Skeets Miller, do Courier Journal, que consegue ter acesso a Collins. O caso repercute em todo o país e mais de mil e duzentos jornais cobrem o caso. Miller acompanha toda a agonia de Collins, escrevendo diariamente sobre o camponês que ficou preso por mais de dezoito dias mas não resistiu e morreu. Miller ganha com esta matéria o prêmio Pulitzer, um dos mais importantes prêmios jornalísticos americanos. O filme faz uma critica à falta de ética no jornalismo, mostrando um repórter que manipula a família e as autoridades, contribuindo para que o local do acidente torne-se um verdadeiro parque de diversões – razão para o título original em inglês: “The Big Carnival” (ao pé da letra, “o grande carnaval”). Mostra também como um repórter desacreditado passa a ter prestígio quando detém uma notícia vendável, ou seja, o seu caráter é deixado de lado, se conseguir fazer o jornal vender mais, ainda mais quando tem exclusividade em uma matéria.

Cidadão Kane
Inspirado na vida do magnata editor Willian Randolph Hearst e dirigido pelo controvertido Orson Welles, este filme de 1941 é um clássico. Corrupção, poder e vaidade são a linha condutora da trama, delineados com primazia por Welles neste seu filme de estréia, assinando o roteiro e a produção, estrelando e dirigindo, quando tinha apenas 25 anos de idade. Um detalhe interessante é que no filme os jornalistas que investigam o “Caso Rosebud” aparecem, ou melhor, não aparecem, pois só ficam visíveis sombras e silhuetas, ouvindo-se apenas suas vozes.
A versão comemorativa de 60 anos em DVD traz o documentário “A Batalha por Cidadão Kane”, indicado ao Oscar de “Melhor Documentário” em 1995. Thomas Lennon mostra a grande batalha real entre William Randolph Hearst (querendo destruir o filme), a RKO (produtora) e Orson Welles. Hearst chegou a ameaçar um boicote a todas as produções da RKO em seus jornais e revistas, se o filme fosse exibido. Como não conseguiu, ameaçou todos os grandes estúdios, que fizeram uma proposta “indecente”: cobririam o custo de Cidadão Kane desde que pudessem queimar todas as suas cópias! Com a recusa da RKO, restou a Hearst tentar dificultar a distribuição do longa, através de artigos em jornais e revistas (como havia prometido). O documentário mostra o poder que ele tinha à época, ao afirmar que “um em cada cinco americanos liam um jornal de Hearst”. Por sua vez, mostra que Orson Welles era “a voz de um único homem que entrava em todas as casas”, graças à fama alcançada em sua carreira no rádio. Em síntese, o documentário retrata grandes semelhanças entre a biografia de Hearst, de Welles e a de Charles Foster Kane, personagem do filme, e como o poder da mídia (rádio, jornais, revistas ou cinema) pode ser usado de acordo com os interesses de quem o detém.

O Quarto Poder
Filme de 1998, estrelado por Dustin Hoffman e Jonh Travolta. Hoffman faz o papel de Max Brackett, um repórter em declínio depois de ser muito popular. Durante uma entrevista rotineira em um museu da cidade, o inusitado acontece. Sam Baily, papel de Travolta, um segurança recém demitido entra armado no museu, exigindo seu emprego de volta e acidentalmente dispara um tiro que acerta um segurança do museu. A situação fica fora de controle e Sam faz a diretora do museu e um grupo de crianças como reféns. Surge a oportunidade que Max tanto esperava, mas ele acaba fazendo mais o papel de um diretor em um filme do que de um repórter e acaba por construir a notícia a fim de aumentar sua repercussão, procurando comover a opinião pública com a história do segurança desempregado. Porém, assim como ele manipula por um lado, de outro está a concorrência (dentro e fora da emissora) e a batalha pela audiência que derrota, muitas vezes, a busca da verdade. Neste ponto merece destaque uma cena (no início) em que Max fica irritado com a estagiária que o acompanhava pois ela abandonou a câmera e correu para socorrer o guarda ferido, deixando de registrar o fato para fazer parte deste. Aliás, a mesma estagiária que nutria uma “devoção” por Max, o “apunhala pelas costas”, deixando o idealismo de lado e fazendo qualquer coisa para entrar ao vivo, em rede nacional, mesmo que destrua a carreira de seu “tutor”.
"O Quarto Poder" é um filme que trata de forma real e atual o poder manipulatório da informação na imprensa e a falta de ética na imprensa sensacionalista, tudo para vender jornais ou conquistar maior audiência. Isto fica claro também quando um mesmo material bruto, entrevistas com amigos e familiares do segurança, é editado de duas formas diferentes, com dois objetivos completamente diferentes. Um faz de Sam vítima e outro o torna culpado.

O Jornal
Uma comédia de 1994 sobre deadline, discussão de pauta e furos jornalísticos. O filme retrata um dia na vida do editor de um tablóide de Nova York, seu convívio com a mulher (grávida, com oito meses de gestação), com a chefe de redação e com o diretor de redação, que descobre estar muito doente. Em meio a tudo isso, um “furo” aparece, mas o prazo de fechamento é o maior vilão da estória. Ótimas atuações de Michael Keaton, Glenn Close e Robert Duvall.
Destaque para a forma de se fazer jornalismo empregada pelo tablóide, de forma sensacionalista, primando pelos títulos chamativos e com alto potencial de lucro nas vendagens. Em meio a tudo isso, em uma determinada matéria o editor tenta completar a manchete com fotos e fontes, na busca da verdade, mas o tempo está contra ele. Quando a notícia fica completa o jornal já havia começado a rodar e o editor quer parar as rotativas para que a reportagem de capa não circule com uma incorreção que pode destruir a vida de dois adolescentes. Mas a chefe de redação quer que tudo fique como está, afinal está em conta o prazo e prazo é dinheiro. A luta da verdade contra o financeiro no filme tem um final que, ao que parece, muitas vezes não é o mesmo na vida real.

Jenipapo
Filme nacional, de 1996, com Marília Pêra e Julia Lemmertz (entre outros) e que retrata a estória de um jornalista também refém do deadline. Um padre, defensor dos sem-terra, próximo a uma votação de uma lei contra a reforma agrária deixa seu ativismo e mantém um silêncio inexplicável. Depois de tentar entrevistá-lo diversas vezes, sem sucesso, um jornalista americano publica uma falsa entrevista com o padre, embora com as idéias que este sempre divulgara. A entrevista tem grande repercussão, a favor da reforma agrária, porém segue um caminho dramático com relação às vidas do padre e do jornalista, que terão de suportar as pressões dos poderes contrários à reforma. É impossível não se colocar em discussão os limites da ética, principalmente a jornalística e a fabricação da notícia, tal como atualmente está em destaque com o caso “Domingo Legal”, Gugu e PCC.

Mera Coincidência
Outra comédia, de 1997 que, embora não tenha foco central em jornalistas, revela nas entrelinhas o quanto alguns jornalistas não se preocupam em investigar, principalmente quando recebem as notícias de “fontes de alto escalão”, fazendo um jornalismo meramente declaratório. No filme, uma equipe de relações públicas contrata um cineasta para criar uma guerra fictícia contra a Albânia, tudo para desviar a atenção pública de um escândalo sexual envolvendo o presidente norte-americano, que é candidato a reeleição. A forma como é conduzida uma entrevista coletiva, como as notícias, reais ou não, são “plantadas” na mídia e como política mistura-se com jornalismo são pontos a serem observados neste filme.

O Informante
O ponto central do filme pode resumir-se aos relacionamentos entre a mídia e a fonte e entre o jornalista e a empresa para o qual trabalha. Este filme, de 1999, é baseado em fatos reais, a experiência de Jeffrey Wigand, ex-executivo da empresa americana Brown & Williamson. Ao sair da empresa, resolve expor a forma como a indústria tabagista estimula (conscientemente) a dependência dos fumantes, utilizando, além da nicotina, aditivos químicos ao cigarro. Para isso procura a mídia, através do jornalista Lowell Bergman, que é produtor do programa “60 Minutes”, da rede americana CBS. A primeira batalha é transpor a barreira de um acordo de sigilo, que o executivo teve de assinar ao sair da Brown & Williamson e que é vencida pelo produtor do programa, ao conseguir convencê-lo a conceder a entrevista. A segunda, muito mais difícil, é travada pelo jornalista junto a CBS, na luta para veicular as denúncias na TV, pois a emissora resolve não transmitir a entrevista sob a alegação de que as conseqüências jurídicas poderiam ser fatais. O filme retrata as pressões sofridas pelo entrevistado e pelo produtor, denunciando um conflito ético e pessoal na busca e divulgação da verdade.
Sobre o assunto e o filme, vale a pena conferir a monografia de conclusão do curso de Jornalismo, de Camila Saccomori, estudante da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, cujo tema é: “A investigação como programa narrativo no filme ‘O Informante’”, com orientação de Dinorá Fraga, realizada em junho de 2001 e disponível na Internet em:

Fomos Heróis
Filme de 2002, baseado em livro (“We were soldiers once... and Young”) escrito por um combatente na Guerra do Vietnã e um repórter fotográfico (da UPI) e finalizado em 1993. Retrata a primeira intervenção americana no Vietnã (1965), numa batalha em que quatrocentos soldados norte-americanos vêem-se cercados por dois mil soldados vietnamitas, na “Zona de Aterrisagem Raio X” (Vale La Drang), lugar que ficou conhecido como “Vale da Morte” pois em meados da década de 50, forças francesas haviam sido exterminadas por vietcongues (guerrilheiros comunistas do Vietnã do Norte).
O filme retrata não uma atitude heróica (embora não deixe de lado o excesso de patriotismo heróico norte-americano retratado em seus filmes), mas mostra uma ação desnecessária e mal planejada, principalmente pelo passado do local (episódio francês) e, depois, pelas características da tropa recrutada, jovem e sem experiência. A batalha durou três dias e, no segundo, o repórter Joseph Galloway vai para o front, registrando cenas do massacre e vivendo o dilema de apenas registrar o momento ou participar dele. Para sua própria defesa e, em meio à situação, acaba pegando em armas e ajudando no resgate de soldados feridos. Esse conflito é retratado em algumas falas, por exemplo quando o repórter se dirige para o centro do combate. Um soldado lhe pergunta: “Tem vontade de morrer? Por que não é soldado? Tem coragem de sobra!”. O repórter responde que não podia impedir a guerra, mas quer tentar entendê-la e ajudar os americanos a entender também. Para isso, ao invés da arma, usa a máquina fotográfica. Porém, como já foi notado, há momentos em que deixa a máquina de lado e pega as armas e, no filme, fica claro que se envolve com a situação.
Na versão em DVD, há um “making of”, com depoimentos do tenente-coronel Hal Moore e do repórter Galloway. Uma fala do repórter mostra sua disposição em “não apenas ouvir relatos, mas estar presente”. Isso remete a um momento do filme, já no final, quando os colegas jornalistas chegam (após o final da primeira batalha), querendo saber o que havia acontecido, inclusive perguntado a Galloway: “O que aconteceu com você?”. Nesse momento ele “deixava de ser” jornalista para tornar-se fonte.

Todos os homens do Presidente
Filme de 1976, baseado em livro homônimo. É um marco, pois retrata um fato histórico na política norte-americana, o “Watergate”. No ano de 1972, sem imaginar até onde chegaria, um repórter (há nove meses no The Washington Post) começa uma investigação sobre a invasão de cinco homens na sede do Partido Democrata (que ficava no Edifício Watergate), a serviço do Partido Republicano, cujo presidente, Richard Nixon, concorre à reeleição. O fato se aprofundou de tal maneira que a conseqüência final foi a queda do presidente Nixon, dois anos depois do início da investigação jornalística. Nixon renunciou um dia antes do anúncio de seu impeachment. A primeira manchete sobre o assunto, em 18 de junho de 1972, tinha duas linhas e três colunas: “Cinco presos em complô para grampear escritório dos democratas”.
Os dois repórteres responsáveis pela matéria eram Bob Woodward e Carl Bernstein, um com 29 e outro com 28 anos à época. O jornalista e professor Edgard Rebouças e a estudante de jornalismo Kristiane Pereira consideram dois equívocos no proceder dos jornalistas, descritos no artigo As reportagens que derrubaram Nixon: “O primeiro deles foi o de se valerem principalmente de métodos dedutivos e indutivos no caminho que os levou dos cinco arrombadores até os gabinetes dos assessores de Nixon. Caso não tivessem feito tanto ensaio e erro poderiam ter chegado aos principais envolvidos muito antes. O segundo erro foi o de confiarem quase que exclusivamente em uma só fonte, o famoso e até hoje desconhecido Deep Throat – Garganta Profunda. (...) os dois repórteres dizem ter um compromisso de só revelar o nome da fonte após a sua morte(...)”. Bob Woodward continuou trabalhando no The Washington Post, além de tornar-se comentarista no programa Larry King (da CNN) e escrever livros de sucesso. Já Carl Bernstein abandonou o jornalismo diário no início dos anos 80 e passou a escrever livros, sem muito destaque.
Alguns aspectos a serem destacados no filme, dizem respeito à importância da investigação, uso da dedução, trabalho em grupo, além da necessidade de se ter conhecimento geral. No dia-a-dia do jornal em si, fica bem ilustrado as reuniões de definição de matérias para primeira página (com os editores chefes), além da necessidade da confiança do diretor com seus jornalistas. Uma frase que chama a atenção é: “Não posso fazer o trabalho pelos meus repórteres, por isso tenho que confiar neles”. Caso o conceito de gatekeeper tivesse “fechado a porta” para a matéria, como a maior parte dos jornalistas achava prudente, ficaria a dúvida se a história do jornal, dos repórteres e dos Estados Unidos teria outro rumo.
Porém um outro aspecto também merece análise. Os repórteres dedicam-se exclusivamente para a matéria, investigando a fundo, viajando, inquirindo pessoas, persistindo com as fontes. Mais de trinta anos depois, quando a tirania do “deadline” parece muito maior, parece difícil que em algum jornal alguém conseguir a oportunidade de “ir a fundo” em uma matéria como eles tiveram oportunidade de fazer e o que foi essencial para apurar os fatos.
Finalmente, a questão das fontes. No filme, os jornalistas trabalham com fontes que preferem permanecer anônimas e o sigilo, nestes casos, é facultado aos profissionais. Porém, principalmente quando vem a tona o “5º homem”, a dúvida se a fonte falou a verdade ou não, ou se foram manipulados pelas fontes (uma provável cilada), quase destrói todo o trabalho. Temos também a grande fonte, apelidada por “Garganta Profunda”, em cima da qual muitos mitos foram construídos, inclusive com relação a sua existência ou não.
Minha monografia para o Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo baseou-se nesse filme. Se tiver interesse em saber mais, entre em contato.

Passageiro: Profissão Repórter
Mais um filme antigo, este de 1975, onde o ator Jack Nicholson vive um repórter da televisão britânica que vai fazer uma entrevista com um líder guerrilheiro na África. Após a entrevista, o inusitado acontece. Um traficante de armas com aparência física semelhante a ele, morre no mesmo hotel em que está hospedado e o repórter assume uma “nova identidade”, deixando sua vida pessoal e profissional para trás. Em uma abordagem sobre o filme, Cássio Starling Carlos, da Folha de S. Paulo, conclui que: “A profissão de repórter impõe uma despersonalização em proveito da objetividade. Ao abandonar sua função - investigar e relatar -, Locke [o repórter] perde a crença na objetividade”.
Essa afirmativa fica clara, em algumas falas do repórter, quando afirma ser “escravo dos hábitos” e nos comentários sobre sua “morte”, quando afirmam que um bom jornalista como ele deveria ter boa formação, imparcialidade e talento para observar. Outro ponto interessante do filme revela-se durante a entrevista feita com o guerrilheiro, quando este diz que “Suas perguntas revelam muito mais sobre você mesmo do que minhas respostas sobre mim”, ou seja, as perguntas do repórter estão carregadas do preconceito ocidental e pessoal do mesmo. Neste momento, o líder guerrilheiro inverte os papéis, focalizando a câmera no seu entrevistador e fazendo-lhe perguntas. Fica aí um aspecto a se pensar na hora de formular perguntas, na questão de objetividade, subjetividade e imparcialidade e que nem só as respostas merecem análise apurada, mas muitas vezes o que é (e como é) perguntado também.

Análise Geral

Grande parte dos filmes assistidos retrata fatos do cotidiano jornalístico. Desde Cidadão Kane é colocado em discussão o “poder” da mídia, chamado até de “Quarto Poder”. Filmes como Jenipapo ou A Montanha dos Sete Abutres, destacam a consciência ética do jornalista (ou a falta dela). O Informante, por outro lado, soma a este conflito ao poder das corporações, no pensamento empresarial do jornalismo. Podemos, então tratar de assuntos distintos:

- Conflito ético-pessoal: envolve o caráter do jornalista, sua coragem para impor suas idéias, seu desejo de fama e sucesso e até onde estes o fazem dirigir suas vidas. Isto aplica-se tanto na hora de manipular as informações em uma entrevista, quanto na hora de "fechar aporta" para uma matéria durante a edição;

- Conflito ético- profissional: o poder da empresa, diretamente ligado ao poder econômico-financeiro e a luta incansável por audiência entram diretamente em conflito com a ética pessoal;

- Confiança na Fonte X Investigação: hoje em dia muito do que é divulgado é graças ao chamado “jornalismo declaratório”. Claro que é impossível fazer jornalismo sem fontes, porém o que é revelado por estas deve ser apurado, investigado, colocado em questionamento. Fatos como o da “Escola Base” são uma demonstração de que mesmo informações dadas por “fontes de alto escalão” merecem uma investigação aprofundada.

Vale a pena destacar que filmes como estes cumprem a função de tornar as pessoas mais críticas com relação ao que lhes é divulgado. Porém a própria mídia em si deveria discutir com maior profundidade as questões éticas envolvendo a profissão e suas relações com as empresas e as notícias. E as faculdades também têm um papel a desempenhar neste aspecto, uma vez que participam de um momento fundamental, o da formação do futuro jornalista. Deve-se abrir espaço para discussão, estimular o debate de assuntos como ética, promover estudos de grupo e análise de material existente, a fim de equipar o futuro profissional. Claro que tudo isso depende do próprio caráter da pessoa, afinal se em suas relações familiares e sociais nunca agiu de forma ética, querendo sempre “levar vantagem em tudo” ou quer fazer do jornalismo um “trampolim” para a fama, a notoriedade, dificilmente algo vai impedi-lo de fazer tudo (ético ou não) para alcançar seus objetivos. Mas pelo menos a classe jornalística e docente devem fazer sua parte.

Para finalizar, recomendo uma lista de filmes relacionados à área, sugeridos pelos alunos e professores de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina.

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