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Grampo nas ondas

Rádio Justiça estreia novela sobre grampos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Estreou ontem o primeiro capítulo da radionovela "Não Escuta, que Eu Grampo", a história de uma mulher que tenta descobrir se o marido a está traindo com a melhor amiga. O pano de fundo é a contratação de um detetive que se apresenta como Virgulino Teixeira, "conhecido no universo investigativo como araponga grampeado".
A radionovela é uma produção da rádio Justiça, emissora administrada pelo STF. A ideia, diz Madeleine Lacsko, coordenadora da rádio, é tratar temas jurídicos, direitos, deveres ou questões de cidadania de forma popular.
No capítulo de ontem, o detetive diz que vai instalar escutas para descobrir porque Aderbal chega tarde em casa. "Vou investigar seu marido. Colocar escuta na sua casa. Posso garantir que ninguém grampeia como eu." O desfecho só será conhecido na sexta-feira. A radionovela pode ser ouvida no endereço www.radiojustica.jus.br.
Segundo Lacsko, a decisão de tratar sobre "arapongagem" e "traição" não foi para alfinetar nenhuma instituição. Ministros do STF já levantaram suspeitas de que seriam vítimas de grampos. A informação de que uma conversa entre o presidente da corte, Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM) foi grampeada levou a uma investigação da PF. O suposto grampo ainda não foi obtido pelas autoridades.
Desde o episódio, Mendes intensificou as críticas ao uso indiscriminado de grampos.
(Fonte: Folha de S. Paulo Online)

Retratos & Reflexos (49)

 Uma das fotografias da exposição
Intimidade, de Julio Landman, na
Pinacoteca (SP) até 31 de maio.

Teclas malucas

Entre os anos 60 e 70, o tecladista Keith Emerson juntou-se ao guitarrista e baixista Greg Lake e ao baterista Carl Palmer para formar a banda Emerson, Lake & Palmer (ELP). Reza a lenda que Jimi Hendrix quase fez parte do grupo. Embora alguns puristas não considerem, essa banda britânica encaixa-se no gênero de rock progressivo e foi uma das primeiras a fazer dos teclados mais um integrante. E não era qualquer teclado. Um sintetizador Moog, uma verdadeira parafernália monofônica e analógica, além de órgãos Hammond. Justamente uma característica que demonstraria traços de música erudita, além de jazz e blus.
Depois de um período de separação, em 1992, houve um revival, com o álbum Black Moon.
Escolhi para esta semana, a música  Still... You turn me on, do clássico álbum Brain Salad Surgery (1973).

Humor de 1ª na Segunda (49)

Vida de PacMan não é nada fácil... Que o diga o comediante francês Rémi Gaillard!

(Fonte: Bombou na Web)

Bandeira 2

Um Paroquiano Difícil

O esquimó perguntou ao missionário:
"Vou para o céu ou para o inferno?"

O missionário disse: "Para o céu."

"Eu iria para o inferno se não soubesse
nada sobre isso?", perguntou o esquimó.

"Não", respondeu o missionário.

O esquimó disse: "Por que, então, me contou
sobre o inferno?"

Pense nisso.

Trecho do livro
de Paul Arden

O livro abandonado

Se você achou, não devolva.
Leia! E passe adiante.

Achado não é roubado

Em comemoração ao Dia Mundial do Livro e estimulado pelo blog Livros só mudam Pessoas, esta noite vou "esquecer" um livro na Universidade Nove de Julho (Memorial) para participar deste especial Book Crossing. O livro que escolhi foi Fé em Deus e Pé na Tábua, de Donald Miller (Thomas Nelson Brasil). Ele une várias áreas que gosto: biografia, aventura, humor, espiritualidade. Quem achar, divirta-se!

Dicas

Vou interromper minha semana sabática para duas dicas interessantes:

1 - Catavento
Reservei três horas deste feriado de Tiradentes para conhecer com meus filhos as instalações do Catavento Cultural e Educacional. Separei três horas, de acordo com a sugestão de revistas e jornais. Mas, acredito ser impossível percorrer os 4 mil m², divididos em 4 seções nesse tempo. Chegamos às 10 horas da manhã, fizemos uma pausa de 1 hora para almoço e saímos na hora de fechar, às 17 horas. Cansados, mas todos muito encantados. Desde as gêmeas, de 3, até os de 8, 12 e 35 anos, todos curtiram. Inclusive, para que os maiores possam aproveitar algumas atividades específicas, há um espaço para crianças (a partir de 3 anos), onde elas podem ficar por uma hora e vinte minutos, apesar da recomendação ser para crianças a partir de 7 anos. Em todo o resto, a participação de todos é possível para qualquer idade. Você ainda pode tirar uma foto (ou de sua turma), que vai para o mural da Origem da Vida (foto à esquerda e detalhe à direita), disponível para download no site durante cinco dias.
Em meu ponto de vista, superou bastante o já interessante e interativo Museu da Língua Portuguesa, embora tenha a vantagem de ser mais abrangente nas áreas de conhecimento (ciências, história, atualidades). Minha dica é que você programe seu passeio para o início das atividades (às 9 horas), pois há instalações com senhas limitadas (que acabam logo), além de estar mais vazio (inclusive o estacionamento que, se você for usar, deve reservar de dez a vinte reais) e com menos filas para a entrada.
O Catavento fica no Palácio das Indústrias, localizado no Parque Dom Pedro II, região central de São Paulo (quase em frente ao Mercado Municipal). Funcionamento: de terça-feira a domingo, das 9h às 17h (bilheteria até às 16h). Investimento: R$ 6,00 (inteira).

2 - Book Crossing
Uma iniciativa do PavaBlog e do livros só mudam pessoas, reserve um tempo, um espaço e um livro para o próximo dia 23. Confira como vai funcionar, de acordo com o PavaBlog:
Na próxima quinta-feira, dia 23 de abril, será comemorado o Dia Mundial do Livro. Tenho o prazer de convidá-los p/ a primeira de várias mobilizações públicas que pretendemos promover. Fiquem tranquilos que será bem diferente da No pants day que rolou em Sampa nesta semana. :P

Com as calças salvas (e devidsamente vestidas), veja como vai funcionar a bagaça:

1- Escolha um livro legal;

2- Escreva um texto na primeira página (apresentaremos um modelo no blog do mob de leitura);

3- "Esqueça" a obra num lugar público de sua cidade.

Simples, não é? Esta ação é chamada de BookCrossing e tem sido praticada em vários lugares do mundo.

Para que todos possam acompanhar as obras e cidades envolvidas, mande p/ o e-mail livrosepessoas@gmail.com uma msg c/ o título e o local em que foi "abandonado". Se possível, envie uma foto da cidade (não necessariamente do lugar em que deixou o livro) p/ a gente publicar no blog do mob de leitura, onde estarão listadas todos os leitores e obras envolvidas.

É possível que daqui a alguns anos ainda estejamos recebendo notícias de pessoas que acharam o livro e curtiram a leitura. Pra que isso aconteça, é muuuito importante que vc escolha um título legal. Guarde os livros ruins p/ as tradicionais fogueiras das festas juninas. rsrs

Quem vai nos acompanhar nessa parada? =)

Closed

Vou aproveitar o feriado - e que a pós-graduação tem ocupado todos meus momentos de pausa - para me dar um presente de aniversário hoje: uma semana de descanso!
Semana que vem estou de volta!

Tudo é espiritual

Rob Bell desmistifica a espiritualidade

Estado laico, pero no mucho

Símbolos religiosos ornam casas legislativas
Constituição prega separação de igreja e Estado, mas Câmaras e Assembleias usam Bíblias e fazem cultos


CÍNTIA ACAYABA
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA

As sessões quase sempre começam com a invocação da proteção divina. Algumas têm a presença permanente da Bíblia e outras não se iniciam sem a leitura de um versículo.
Da Câmara dos Deputados às Câmaras Municipais, manifestações religiosas, principalmente cristãs, são comuns em solenidades e nos auditórios, que até abrigam cultos.
A presença de símbolos religiosos em órgãos do serviço público é criticada por movimentos como o Brasil para Todos, que já encaminhou representações ao Ministério Público e ao Conselho Nacional de Justiça, pedindo a remoção de 13 símbolos religiosos presentes em tribunais e casas legislativas.
O regimento interno da Câmara dos Deputados, por exemplo, determina que a "Bíblia Sagrada deverá ficar, durante todo o tempo da sessão, sobre a mesa, à disposição de quem dela quiser fazer uso".
Em algumas Assembleias, como a de Santa Catarina, o regimento também determina o uso da Bíblia nas sessões.
A Assembleia gaúcha tem uma Bíblia na entrada do plenário e outra ao lado do presidente da Casa. Há ainda um busto do papa João Paulo 2º (morto em 2005) e, atrás da mesa de trabalhos, crucifixo.
Em 2006, a Assembleia de Mato Grosso inaugurou uma sala para prestação de serviços jurídicos à população. Batizado de "Espaço Cidadania Papa João Paulo 2º", o local tem uma foto do pontífice na parede.
"Os símbolos nas casas legislativas, como a Bíblia e o crucifixo, ferem a Constituição Federal, que impõe a separação de igreja e Estado. Se o Estado é laico, como vai dar preferência a um grupo religioso sobre todos outros?", questiona Daniel Sottomaior, engenheiro e presidente do Brasil para Todos.
Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a presença da religião nesses espaços "trava" a aprovação de projetos de interesse das minorias. ""Eles [congressistas] se apegam a trechos da Bíblia e não deixam aprovar os projetos."

Cultos e homenagens
Além de símbolos religiosos, a realização de cultos é comum em algumas Assembleias. É o caso de Goiás, que recebe celebrações evangélicas em um auditório da Assembleia.
Uma vez por semana, também há culto evangélico num auditório do Legislativo do Rio, que tem ao menos 15 deputados evangélicos, seis católicos, um judeu e dois umbandistas.
Na Assembleia paulista já foi realizado, em plenário, um "culto de glorificação a Deus" pelo aniversário de uma igreja cristã. No local, há um crucifixo na sala da presidência e uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um hall.
"Eu sou contra os cultos nos espaços públicos. Não é uma atividade religiosa, mas sim a base de uma religião. O Estado cede seu lugar e suas instalações. É difícil não dizer que não está subvencionando de alguma maneira", disse Sottomaior.
Ele cita o primeiro parágrafo do artigo 19 da Constituição: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios, estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público".
Para o juiz de direito Roberto Lorea, o uso de símbolos e a realização de cultos estabelecem uma aliança entre o Estado e uma religião, que acaba sendo privilegiada em detrimento das demais.

(Fonte: Folha de S. Paulo Online)

Vozes de outro mundo

O pessoal do The Voca People afirma que seus integrantes vieram do planeta musical Voca... Realmente, criatividade não falta para estes oito talentosos músicos que unem o melhor da música acapella com a magia do beatbox. Para aqueles que vão enforcar a segunda-feira e já se preparam para mais um feriado prolongado, reservem um pouco mais de 3 minutos para curtir esta retrospectiva musical. E, se o seu patrão não perdoou e você vai ter que trabalhar na segundona, tente se animar um pouco com essa turma.
(Não esqueça de pausar o DoxaOnline, ao lado esquerdo)

Capa da Semana (48)

Tão interessante quanto não entender uma outra língua falada
é não entender absolutamente nada quando ela está escrita.
Pelo menos, o desenho é bonito...
No exemplo, An-Nahar, do Líbano.

Pancada

Um soco no estômago
Os zelosos guardiões da lei não deram alternativas aos meninos pegadores de bola, a não ser perambular pelas esquálidas ruas da favela

Marcos Cintra

VIVI RECENTEMENTE uma triste e pungente experiência. Observando as fotos das arruaças ocorridas em Paraisópolis, quando jovens moradores daquela favela depredavam propriedades e agrediam inocentes transeuntes em combate campal com a Polícia Militar paulista, identifiquei alguns jovens que eu havia conhecido algum tempo antes em circunstâncias totalmente diversas.
Lembrei-me deles sem as feições embrutecidas que exibiam durante as arruaças, mas como saudáveis meninos pegadores de bola em uma academia de tênis. Eram jovens com idade aproximada entre nove e 12 anos que, após o período escolar matutino, ganhavam alguns trocados participando como auxiliares de partidas de tênis.
Nos períodos de ociosidade das quadras alugadas, brincavam alegremente entre eles, praticando o esporte e tomando gosto pela prática salutar da cultura física. Não ganhavam salário, não tinham horário fixo nem obrigações a serem observadas. Apenas passavam seu tempo pegando bola e ganhando em troca alguns reais para suas pequenas despesas.
No passado, esse costume induziu vários desses jovens pegadores de bola a se tornarem profissionais em suas respectivas modalidades esportivas.
Outros acabaram cursando faculdades de educação física. Outros ainda se profissionalizaram como treinadores. E tudo como resultado dessa convivência lúdica com o esporte e com o aprendizado de uma técnica ou de uma profissão.
Chamava-me a atenção que o dono da academia exigia desses meninos que mostrassem seus boletins escolares e dava-lhes uma dura, chegando até mesmo a impedir que frequentassem a academia enquanto não demonstrassem que suas notas eram adequadas.
Um dia, as autoridades baixaram no recinto e proibiram, sob alegação de trabalho infantil, que esses jovens continuassem naquelas condições.
Cumprindo as determinações da legislação trabalhista, que, como diz a sabedoria popular, lota boa parte do inferno apesar das boas intenções, nossos zelosos guardiões da lei não deram alternativas aos meninos pegadores de bola, a não ser perambular pelas esquálidas ruas da favela.
Como a ociosidade é a mãe dos vícios, pouco tempo depois, como pude constatar, aqueles meninos, já jovens adolescentes, acabaram engrossando as fileiras dos baderneiros e servindo de massa de manobra para os bandidos e traficantes daquela região.
Não é minha intenção criticar as autoridades, que apenas cumprem a lei. Como foi dito por elas ao proprietário da academia, naquele caso específico, sentiam-se incomodados por terem que cumprir suas obrigações legais, mas afirmaram que era comum casos de flagrante exploração de trabalho infantil, uma prática universalmente repudiada e a ser extirpada de nosso meio.
Vem então a pergunta: o que fazer?
É triste ver que, por força de bem-intencionados dispositivos legais, aqueles jovens não puderam encontrar caminhos que evitassem que fossem transformados em meliantes e bandidos em potencial.
É necessário encontrar um ponto de equilíbrio nesse absurdo descasamento entre intenções e resultados.
Abundam exemplos similares em outras áreas, da tributária à preservação ambiental, passando pela proteção de bens históricos e pela legislação de uso e ocupação do solo. Tais equívocos nos fazem descrer da lei como uma diretriz segura em direção ao bem-estar social.
Como secretário do Trabalho do município de São Paulo, proporei ao prefeito Gilberto Kassab que, em colaboração com outras secretarias, procuremos o Ministério Público e o Ministério do Trabalho para a celebração de um acordo que nos permita criar um programa de certificação de atividades e de empresas que possam, sob estrita vigilância e acompanhamento da prefeitura, desenvolver programas monitorados e devidamente formatados, capazes de recuperar práticas como a que presenciei no passado naquelas quadras de tênis.
Quem sabe a cada bola lançada para uma raquete haja um coquetel molotov a menos arremessado com ódio na cara da sociedade paulistana.

MARCOS CINTRA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE, 63, 
doutor pela Universidade Harvard (EUA),
professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas,
é vereador licenciado (PR) e secretário municipal do
Trabalho e Desenvolvimento Econômico de São Paulo.

Retratos & Reflexos (48)

Confira esta e outras fotos em
In the evening III, by *sa-cool

O Som do Coração

Assisti, recentemente, o filme O Som do Coração (August Rush). Para quem não gosta de filmes dramáticos, até que achei muito legal. Afinal, a música permeia o filme. Na trilha sonora, merece destaque a música Raise It Up, interpretada pela jovem Jamia Simone Nash (confira o site criado pelos seus fãs) acompanhada pelo Impact Repertory Theater. Ouça, nesta semana, no DoxaCast.


Na tela
Bastidores da gravação do áudio


Cena do filme

Humor de 1ª na Segunda (48)

- Por que você deu o nome de "Fé" pro seu trator?
- Porque ele move montanhas!
(Via: Frank & Ernest, by Bob Thaves)

Som do Céu. Na Terra...

O Portal Cristianismo Criativo nos brinda com uma grande e exclusiva novidade. Feras como Aristeu Pires, Carlinhos Veiga, João Alexandre, Jorge Camargo, Jorge Rehder e Nelson Bomilcar, entre outros, encabeçam a Carta do Som do Céu - Manifesto de artistas cristãos.
Nós, músicos, artistas e líderes eclesiásticos, cristãos, vindos das variadas regiões brasileiras, estivemos reunidos entre os dias 6 a 12 de abril de 2009, no Acampamento da Mocidade Para Cristo do Brasil, dias de comemoração dos 25 anos do Som do Céu, para discutir dois temas principais: “A música e os músicos na igreja” e “A igreja como promotora de cultura”.

Agradecemos a Deus pelos dias de comunhão fraterna entre nós e pelo privilégio de ouvi-lo entre as vozes pastorais e proféticas que ecoaram em nosso meio. Reconhecemos que a música cristã tem ocupado um espaço significativo em nossos dias, tanto na igreja como na sociedade em geral. No entanto, observamos que nem sempre essa participação tem sido consistente e coerente com a Palavra de Deus – nosso referencial maior – nem rendido glórias ao Senhor da Igreja.

Desejamos, portanto, apresentar à Igreja brasileira a “Carta do Som do Céu”, sintetizada em 25 pontos, que resume nossas inquietações e propõe ações práticas à Igreja de Cristo Jesus, nesse princípio de século XXI:

1- O artista cristão deve desenvolver o seu dom criativo e submetê-lo exclusivamente aos valores da Palavra de Deus;

2- Cremos que a arte, na perspectiva da graça comum, é um presente dos céus a toda humanidade e não está restrita aos cristãos;

3- Desejamos que haja coerência entre a vida, o ministério e a profissão do artista cristão, cujo discurso deve estar aliado à sua prática;

(Leia na íntegra, no Portal Cristianismo Criativo)

O Calvário é o início

É importante e útil lembrar que o valor do sofrimento de Jesus repousa não na dor em si mesma (pois, em si mesma, a dor não tem nenhum valor), mas no amor que o inspirou, como Cirilo, de Jerusalém, destacou muitos séculos atrás. Ele escreveu: "Nunca esqueça que aquilo que dá valor a um sacrifício não é a renúncia que exige, mas a qualidade do amor que inspirou a renúncia". É exatamente assim que devemos nos aproximar do Calvário. A alma humana de Jesus alegrou o coração de seu Pai celestial com a generosidade incontrolável e a obediência inabalável de seu amor.

Felizmente, a cruz não foi a palavra final de Deus a seu povo. Nossa vida cristã contempla, além do Calvário, a ressurreição. É a natureza humana do Cristo ressuscitado, filtrada por inteiro pelo brilho da divindade, que mostra como um espelho reflete tudo aquilo para que somos convocados. O destino de nosso irmão Cristo é o nosso próprio destino. Se sofrermos com ele, com ele seremos glorificados.

O padrão é sempre o mesmo. Todos os caminhos levam ao Calvário. Só alcançamos a vida através da morte; só aprendemos a ternura através da dor; só chegamos à luz através da escuridão; Jonas deve ser sepultado no ventre da baleia; o grão de trigo deve morrer; devemos ser formados à semelhança de Sua morte se queremos nos tornar homens e mulheres da Páscoa.

Brennan Manning em A sabedoria da ternura.

Ressurgiu!

Mario Persona fala sobre a ressurreição.
(Para ouvir, não esqueça de pausar o DoxaOnline no GCast - ao lado esquerdo)
 

Khristós anésti! Alithós anésti!

Mais pensamentos sabáticos

Ainda, sobre o período entre a sexta-feira da Paixão e o domingo da Páscoa, uma dica do Luis Fernando, via Twitter:
(Para ouvir, não esqueça de pausar o DoxaOnline no GCast - ao lado esquerdo)

Não haveria domingo, sem a sexta-feira

Quando pensamos que a ressurreição é a coisa mais importante do Cristianismo, às vezes nos esquecemos da importância da morte de Jesus. Não haveria domingo de Páscoa se não tivesse ocorrido a sexta-feira da Paixão.
Pensando nisso, achei um vídeo interessante, feito a partir da música Liquid, do Jars of Clay.
(Para ouvir, não esqueça de pausar o DoxaOnline no GCast - ao lado esquerdo)


Liquid
Jars of Clay
Arms nailed down
Are you telling me something?
Eyes turned out
Are you looking for someone?

This is the one thing
The one thing that I know

Blood-stained brow
Are you dying for nothing?
Flesh and blood
Is it so elemental?

This is the one thing
The one thing that I know

Blood-stained brow
He wasn't broken for nothing
Arms nailed down
He didn't die for nothing

He didn't die for nothing

This is the one thing
The one thing that I know...

Capa da Semana (47)

Achei interessante que os três principais jornais da Nova Zelândia, The Press, The Dominion Post (capa reproduzida acima)e The New Zealand Herald destacaram ontem que não circularim hoje, devido ao feriado da Sexta-Feira Santa, lá chamada Good Friday.

Você pode estar processando

Enfim, o consumidor poderá ter mais sossego no lar

Rizzatto Nunes
De São Paulo

Os nomes são fictícios, mas a história é verídica. Certo dia, num sábado pela manhã, João recebe um telefonema em casa. A pessoa do outro lado da linha foi logo dizendo: "João?"

Ele se surpreendeu, pois apenas o pai e a mãe o chamavam pelo primeiro nome. Os demais sempre diziam "Costa", seu sobrenome. Era, claro, um operador de telemarketing e, como o roteiro que eles utilizam é mal feito, ele seguiu o padrão: Sem conhecer João, ele o chamou pelo primeiro nome e diretamente. Sem pedir licença, sem autorização.

Muito bem. O operador disse que trabalhava para um banco ou algo assim e ofereceu um produto. João, então, perguntou ao operador: "Qual seu nome?".

Ele forneceu um (que, usualmente, é inventado). João falou: "Fulano, eu estou muito interessado, mas acontece que neste instante estou com a Tina no colo, você conhece?"

Tina é a filha dele, com pouco mais de um ano de idade. E, como a pergunta que ele fez fugia do padrão estabelecido, o operador engasgou e depois respondeu: "Não..."

"Pois, é", disse ele, "Ela está de fralda e eu preciso trocá-la para não ficar assada, entende?"

Do outro lado da linha, o operador engasgou novamente, pois não tinha resposta para aquilo. Daí, João disse: "Olha, eu estou muito interessado em fazer negócio com vocês, mas agora eu não posso, pois vou trocar minha filha. Vamos fazer o seguinte: Você me dá o número do telefone de sua casa, que eu te ligo à noite para fecharmos negócio".

O operador, então, disse com firmeza: "Mas, eu não posso te dar o telefone de minha casa".

Na seqüência, João falou: "Bem, se é assim não ligue mais para mim, pois eu não te dei o número de meu telefone" e desligou.

Faz anos, que os consumidores estão sendo violados pelo pessoal do telemarketing ativo via telefone fixo e também pelo celular. Realmente, a situação tornou-se insustentável e se, a partir de agora, começa a haver uma reação com a aprovação de leis restritivas, é bom deixar claro que a culpa é desses prestadores de serviços, que poucas vezes respeitaram os consumidores, fazendo ligações indesejadas, em horários inadequados, sem pedir licença, invadindo os lares, insistindo em falar contra a vontade do consumidor, às vezes de forma bruta, abrupta e despreparada. Isso, sem falar nas várias ofertas enganosas feitas por esse canal de vendas. A insatisfação é geral.

Pois bem, essa violação está com os dias contados, ao menos, no Estado de São Paulo. É que já está em vigor o Decreto Estadual nº 53.921/2008, regulamentando a Lei Estadual nº 13.226 de 07-10-2008 que criou o "Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing". É legislação que está em perfeita sintonia com os princípios constitucionais vigentes, em especial o da garantia do inciso X do art. 5º da Constituição Federal que tornou invioláveis, dentre outros direitos, a intimidade e a vida privada das pessoas.

O Decreto do Governador José Serra encarregou o Procon do Estado de São Paulo de implantar, manter e disponibilizar o citado cadastro, que está em funcionamento desde 27 de março próximo passado. O funcionamento do cadastro é bastante simples, como eu mesmo constatei ao cadastrar meus números de telefones.

Basta acessar o site do Procon (www.procon.sp.gov.br) e clicar em "Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing". Aparecerá uma tela com três opções: uma para bloquear e desbloquear números, outra para reclamações e outra para os fornecedores. É só clicar ao lado em "Cadastro de Bloqueio" e fazer a inscrição, preenchendo alguns dados, inclusive fornecendo endereço de e-mail para onde será enviada a comprovação da inscrição. Cada consumidor pessoa física ou jurídica pode inscrever nesse primeiro momento cinco números de telefone fixo ou móvel. Se o consumidor tiver ainda mais números, poderá bloqueá-los posteriormente utilizando a senha que será remetida para seu e-mail. Para aqueles que não tem internet, o bloqueio poderá ser feito pessoalmente nos postos de atendimento do Poupatempo. O cadastramento em qualquer caso é gratuito.

Após 30 dias da inscrição, as empresas ficam proibidas de ligar para os números bloqueados, a não ser que tenham autorização por escrito. Mas, anote: atento às eventuais manobras dos fornecedores para burlarem a lei, o Decreto deixou desde logo estabelecido que é prática abusiva condicionar o fornecimento de produto ou serviço à exclusão ou não-inserção do número de linha no cadastro ou à entrega da autorização para receber ligações. Fez bem, pois deixa clara a questão, apesar de a mesma já estar capitulada no art. 39, V do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e também no art. 51, IV e XV e parágrafo 1º, que cuidam das cláusulas contratuais abusivas. E, no mesmo espaço reservado para o cadastro de bloqueio há um ícone com opção para registro de reclamação do desrespeito ao bloqueio, que gerará punições às empresas infratoras, de acordo com CDC.

Trata-se de uma vitória de todos os consumeristas, que há anos lutam para impedir as constantes violações desse tipo de serviço. É um bom exemplo dado pelo Estado de São Paulo, que poderá - esperamos - ser seguido por outros Estados-membros da Federação. Os consumidores estavam - como estão - tão cansados desse tipo de violação que, só para se ter uma ideia, em apenas uma semana de funcionamento do Cadastro, 100 mil pessoas já tinham se inscrito, um verdadeiro recorde. O número de linhas incluídas superou 182.000 (com uma média de 1,82 linhas por pessoa).

Eis, pois, uma boa notícia a todos os consumidores cansados de serem violados. Eu já cadastrei meus números, e você?

Rizzatto Nunes é mestre e doutor em Filosofia do Direito e livre-docente em Direito do Consumidor pela PUC/SP. É desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Autor de diversos livros, lançou recentemente o "Bê-a-bá do Consumidor" (Editora Método). Coordena um site voltado ao Direito do Consumidor e à Defesa da Cidadania, no qual tem seu blog: www.beabadoconsumidor.com.br

Retratos & Reflexos (47)

Meu amigo e fotógrafo Alisson Louback está de blog novo.

Coelhinhos, ovos e prá que tudo isso?

Para os católicos romanos, esta é a Semana Santa. Pensei isso hoje, no elevador, quando duas pessoas conversavam sobre o feriado que o funcionalismo público terá na próxima quinta-feira. Um perguntou para o outro: "O que é Endoenças?". A resposta foi mais ou menos assim: "Sei lá. Nem sou católico. O que importa é que temos mais um feriado".
Embora muitos não estejam nem aí, este é um período que apresenta o ápice e a razão da religião cristã: a Páscoa, ou seja, a ressurreição de Cristo. Sem isso, tudo perde o sentido. Por isso, essa semana tem um significado muito especial. O mais interessante é que as tradições se perdem e as motivações comerciais tomam conta.
Por exemplo, quem sabe fazer as contas da Páscoa, Quaresma e Carnaval? Tudo está ligado ao calendário judaico - baseado na lua - já que o Pessach era a forma pela qual os judeus celebravam a libertação do seu povo do Egito, no tempo de Moisés. Foi justamente durante a comemoração dessa data que Jesus reuniu seus discípulos para uma ceia especial, a última antes de sua crucificação.
Assim, a Páscoa é determinada pelo domingo após a primeira lua cheia após a primavera (no hemisfério Norte) ou outono (no hemisfério Sul). E é a partir da Páscoa que as demais datas são determinadas:
- Terça-feira de Carnaval: 47 dias antes da Páscoa;
- Quaresma: Vai da quarta-feira de cinzas até o domingo de Ramos;
- Domingo de Ramos: Uma semana antes da Páscoa, celebra a entrada de Jesus em Jerusalém;
Acho muito interessante estas datas. Porém, de nada vale a religiosidade se não tiver como fruto uma espiritualidade sadia, ao invés de fanatismos ou devoções sem sentido.
Pensando em tudo isso, escolhi para esta semana uma versão da música Sunday's on the Way, um clássico de Carman, que foi totalmente remodelada pelo Take 6 para o álbum So Much 2 Say (1991). Uma forma interessante de pensar como teriam sido os bastidores da crucificação e ressurreição de Cristo.

Humor de 1ª na Segunda (47)

(Via: Laerte)

Sinceridade

Leia e responda

André Laurentino
Publicado no Guia, em O Estado de S. Paulo

Fulano é vaidoso. E tem todo o direito de ser vaidoso, o que lhe falta é motivo. Já Beltrano é firme como uma biruta de aeroporto. E cicrano é tão prolixo que seu resumo de um livro de 30 páginas tem 80. Aquele moderninho ali, no telefone, é tão infiel que ainda vai se trair transando com a própria esposa. O pedante pensa que tudo sabe, e o arrogante não sabe que nada sabe. O de barba? Não, ele é o teórico: come a receita e xinga o prato. O outro, aquele de óculos digitando no computador, gosta tanto de mandar que toma táxi só para dar ordens. A indecisa nunca deu uma opinião, fica rouca de tanto pensar. O incompentente vendeu a alma ao diabo mas entregou a Deus. Aquela ali é eficiente mas tediosa, convence pelo cansaço. Já o que saiu agora, apressado, cobra dos outros a eficiência que gostaria de ter. Aquela ali é a bússola da equipe: roda, roda, roda e indica sempre a mesma direção. O inteligente há pouco tempo é insuportável, chegou mais tarde porque foi no dentista. Aquele outro lá, gordinho, se mete em tudo mas é um chutador: ouviu o galo onde mas não sabe cantar. Aquela não para de reclamar nem para beber água, mas não bebe porque acha barrenta. O outro é tão invejoso que quando se vê no espelho bate três vezes na madeira. Aquele é um vagabundo, o único ocupado na sala dele é o telefone. O de marrom é covarde, só não é mais covarde por medo de competição. Esse cara aí a turma chama de autobiografia não autorizada — só fala de si sem ninguém ter perguntado. O outro é tão carreirista que o único valor que tem é o venal. Enquanto o ingênuo reconhece firma por telefone. A que vai passando com o café nunca acertou uma roupa na vida: é a legítima “fashion victim”. Olha a saia dela. O que tá rindo não é simpático, não. É egoísta, acha que altruísmo é quando os outros pensam nele. Tem o que vive em cima do muro, desde que ninguém discorde. Tem o culpado, tão culpado que, quando alguém brinda “saúde!”, ele espirra (é também um mostruário de carapuças). Justamente o caso contrário daquele ali, falso humilde, que aprende com o próprio erro dos outros. Aquele com a carequinha brilhando é o “telhado de vidro”: tem um passado cheio de falcatruas e cabelos. E o maledicente da turma tem sempre uma reputação a melar. Isso aqui tem gente de tudo quanto é tipo, meu filho. É o supermercado de Deus, e o que não falta é prateleira.

Agora, caro leitor, assinale a alternativa certa. Estamos no:
A) Elevador da firma
B) Senado
C) Cabeleireiro
D) Único lugar sincero do Brasil

Será muito atrevimento meu
incluir mais uma alternativa?
E) Último banco de uma igreja

Capa da Semana (46)

Ao invés de uma capa, esta semana o destaque vai para o The Best of Newspaper Design, promovido pelo Society for News Design. Os selecionados foram:
- Akzia, Moscow (Rússia);
- Eleftheros Tipos, Atenas (Grécia);
- Expresso, Paço de Arcos (Portugal);
- The News, Cidade do México (México)
- Welt am Sonntag, Berlim (Alemanha)

Do Peru

A editoria de Futebol tradicionalmente trabalha o lado humorístico dos acontecimentos, no texto, nas fotos e nos títulos. Jogo contra o Peru, então, é uma oportunidade de outro. Mas, o limite entre as sacadas divertidas e as malícias desrespeitosas é tênue. Tire sua conclusão sobre a manchete que estampou a primeira página do jornal Diário de S. Paulo, na última quarta-feira: "Hoje tem leveza de Kaká contra moleza do Peru".

Retratos & Reflexos (46)

Cristo apagado
Aqui estão duas das fotos que a WWF selecionou para registrar
o que foi a Hora do Planeta no Brasil. Confira no Flickr.

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