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MMIX

No último post do ano, gostaria de agradecer a todos os leitores que passaram por aqui nos últimos anos. Em especial este ano, em que minha saúde sofreu algumas oscilações, foi muito legal contar com o apoio dos amigos virtuais e, principalmente, dos virtuais que se tornaram pessoais.
Aliás, este é para mim um dos motivos principais para se usar o meio digital. Sair do impessoal para o pessoal. Claro que a distância impede que alguns estejam mais presentes, mas é muito estranho teclar e saber mais sobre a vida de uma pessoa através do blog ou do Twitter, quando ela mora a menos de uma hora de distância da minha casa.
Enfim, espero que 2009 seja um ano para fortalecer as amizades já existentes e para que novas aconteçam.
Vou aproveitar estes dias para descansar um pouco fora de Sampa - ainda estou com um pouco de dores da cirurgia que fiz dia 18 de dezembro - e, como vou para um local sem internet, volto à programação normal no próximo dia 5 de janeiro.
Um grande abraço a todos e um 2009 super especial para vocês!

Restaurações musicais

Quem só conhece Jorge Rehder através das inúmeras canções que compôs, acha engraçado quando descobre que ele é dentista. Já aqueles que são atendidos por ele em seu consultório, devem achar interessante quando descobrem que ele é um ícone na música cristã brasileira. Isso sem falar que, além dessas duas funções, ainda arruma tempo para ser pastor (da Primeira Igreja Evangélica Projeto Raízes) - além de marido e pai de duas filhas.
Sua carreira musical começou no início da década de 1970, na igreja metodista. De lá para cá compôs mais de cem músicas, dentre elas Unidade e Diversidade, Rei das Nações, Em todo Tempo e Barnabé. Muitas delas foram gravadas nos álbuns de Vencedores por Cristo, nos dois álbuns do Projeto Raízes ou fizeram parte de cantatas como Vento Livre, Eram Doze e Luz.
Com uma "carreira" musical dessas, muitos reclamavam por não encontrar nas prateleiras um trabalho exclusivo de Jorge Rehder. Pois foi agora, em comemoração aos 35 anos de carreira, que saiu o primeiro álbum deste compositor-dentista-pastor.
Porto Esperança traz músicas inéditas, alguns clássicos e contou com a participação especial de músicos como: Nelson Bomilcar, Marcos Mônaco (músico da Traditional Jazz Band), Carlos Sider, além da produção musical e arranjos de Daniel Maia (atual músico de Tom Zé).


Foi no lançamento de Porto Esperança, no último dia 12 de dezembro, que escolhi a última trilha de 2008 - e, conseqüentemente, a primeira de 2009. A música O Meu Pastor é Deus foi composta por Rehder para o DVD Deus é o Meu Pastor, lançado no Brasil pela COMEV, que traz reflexões sobre o Salmo 23, em especial para pessoas que combatem o câncer. No vocal, uma brilhante interpretação de Carlos Sider.

O meu Pastor é Deus, nada me faltará
Tudo o que eu preciso Ele proverá
O meu Pastor é Deus, me protegerá
Em verdes campos, junto às águas
Me fará descansar

Restaura minha alma
Guia os meus passos
Pelos Seus caminhos
Por Seu grande amor

Não temerei se no vale escuro eu andar
Protegido serei, junto a mim Ele estará
O Seu amor e o Seu bem me valerão
Pra sempre em meu viver
Até aquele dia em que habitarei
Para todo o sempre com o meu Pastor

Prepara-me uma mesa
Na presença de inimigos
Meu cálice transborda
Tenho consolo e unção

Não temerei se no vale escuro eu andar
Protegido serei, junto a mim Ele estará
O Seu amor e o Seu bem me valerão
Pra sempre em meu viver
Até aquele dia em que habitarei
Para todo o sempre com o meu Pastor

O meu Deus

O meu Pastor é Deus

Na tela
O clipe do DVD Deus é o Meu Pastor (COMEV).

Humor de 1ª na Segunda (34)

(Fonte: Nadaver)

Perspectivas

Sabemos de onde a música cristã brasileira veio.

Mas, será que sabemos para onde ela vai?

Capa da Semana (33)

A capa desta semana vai para o livro A Cabana. Um trabalho gráfico de Marisa Ghiglieri, Dave Aldrich e Bobby Downes, adaptado por Miriam Lerner para a versão em português.

Será que esquecemos de alguém neste Natal?

(Via: Rumorejo)
Publiquei este post originalmente no PavaBlog.

Presepada de Natal

O pessoal da zOnA dA RefOrmA não deixou esta data passar em branco.
Acho que alguns prefeririam que tivéssemos esquecido...

Um ótimo Natal para todos e um super 2009.
E, desculpem o transtorno.
Acredito que continuaremos em obras...

Nascer para morrer

O verdadeiro sentido no Natal se completa apenas quando, 33 anos depois de seu nascimento, Jesus Cristo é executado por romanos e judeus. A ressurreição de Jesus é o grande milagre, aquele que dá a vida.
Aqueles que seguem a Cristo não são aqueles que buscam ou encontraram um sentido na vida. São aqueles que, simplesmente, conseguem viver. Brennan Manning, em O Evangelho Maltrapilho, escreve que:
O que faz discípulos autênticos não visões, êxtases, domínio de capítulos e versículos da Bíblia ou um sucesso  espetacular no ministério, mas a capacidade de manter-se fiel. Fustigados pelos ventos volúveis do fracasso, surrados por usas próprias emoções rebeldes e machucados pela rejeição e pelo ridículo, os discípulos autênticos podem ter tropeçado e caído com freqüência, experimentando lapsos e relapsos, ter se deixado algemar aos prazeres da carne e se aventurado em territórios distantes. Mas, permanecem voltados para Jesus.
À primeira vista, parece a descrição de alguém falso. Que vive uma espiritualidade de fachada. Acredito que não é isso que Manning quer dizer. Deus não quer que cumpramos regras para parecermos perfeitos e entrarmos em Sua presença. Ele sabe que isso é impossível. Ele quer que nós tenhamos consciência da nossa incapacidade em amarmos a nós mesmos e aos outros. Ele quer que sejamos nós mesmos. Mas, ao mesmo tempo, nos dá dicas sobre valores maiores do que o do status social e da posição financeira.
Nos Evangelhos, em nenhum momento Jesus lança os princípios de uma igreja institucional. Mas, apresenta as bases de uma sociedade vitoriosa, o que podemos ver claramente, por exemplo, no Sermão do Monte:
Bem-aventurados os pobres em espírito,
pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram,
pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes,
pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
pois serão satisfeitos.
Bem-aventurados os misericordiosos,
pois obterão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
pois verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores,
pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça,
pois deles é o Reino dos céus.
(Mateus 5.3-10 - NVI)
É inegável que estes princípios, independentemente da sua religião ou forma de expressão espiritual, são transformadores.
Quando pensei na música dessa semana, logo me veio à mente o clássico Oh Happy Day, vencedora de um Grammy na década de 1970. Vários arranjos foram feitos nos últimos 30 anos, mas um chamou a atenção, em 1993, elaborado pelo ex-vocalista do grupo Take 6, Mervyn Warren (o mesmo da música da semana passada...), para o filme Sister Act 2 (Mudança de Hábito 2).
A música composta por Edwin R. Hawkins ganhou a interpretação do The St. Francis Choir, apresentando como solista o jovem Ryan Toby, então com 15 anos. O coral foi formado ainda por Lauryn Hill (com 17 anos, na época) e as atrizes-cantoras Jennifer Love Hewitt (Ghost Whisperer) e Ashley Thompson (Touched by a Angel).
Esta não é uma música, em essência, natalina. Mas, é o resumo da razão do nascimento de Jesus. Ele nasceu, morreu e ressucitou para que dias mais felizes fossem um sonho possível. Para que nossos pecados fossem lavados e levados para o mais longe possível. Para que aprendêssemos a lutar e orar. Para que vivêssemos nEle a verdadeira alegria, que existe nos dias bons e nos dias maus. Quando estamos com saúde e quando estamos doentes. Se estamos com bastante dinheiro ou com o orçamento quebrado.

Na tela
Se você procurar pelo YouTube - e afins - não vai encontrar arranjos muito diferentes dessa música. O mais interessante que achei foi esse, com Elvis Presley:

Humor de 1ª na Segunda (33)

Dentro em breve, só para se prevenir,
os pastores vão mandar colocar
uma placa na porta das igrejas:
"Tira o sapato dos teus pés,
que este lugar é santo"!

Não está satisfeito?

De vez em quando, alguns livros nos dão um soco no estômago, não é?
Os maltrapilhos não reclamam da pregação fraquinha ou do louvor sem vida na sua igreja local. Eles estão satisfeitos em ter um lugar aonde ir em que possam mesclar-se a outros mendigos à porta da misericórdia de Deus.
(Brennan Manning - em O Evangelho Maltrapilho)

Para fechar o ano

Ontem fui submetido à uma cirurgia para retirada de um cisto broncogênico, que é um tipo de tumor que se forma no mediastino. Foi detectado em abril, quando fui internado em virtude de uma pneumonia.
A operação foi um pouco mais difícil do que o previsto mas, graças a Deus, tudo deu certo.
Agora, no final do dia, já consegui ficar sentado. Tirando a dor, os fios, tubos e sondas, pelo menos o hospital tem uma rede wireless para me manter conectado. Tudo em doses homeopáticas, já que a dor limita um pouco os movimentos. A previsão é que eu saia do hospital no domingo.
Para registro, dois momentos:

Minha última programação na "TV"


Momento E.T.

Gêmeas, mórbida semelhança

Nem sei qual a razão de serem duas revistas. As notícias são praticamente iguais. E, de vez em quando, as capas também são...
 
 

Ao vivo

Programas e entradas ao vivo são sempre propensas a erros. Cesar Tralli mostrou que, além do jogo de cintura, o repórter precisa ter, também, "jogo de braço":

E, aqui vai uma seleção de gafes, do Brasil e do mundo:

Congestionamento fotográfico

Até 10 de janeiro de 2009, é possível visitar no MIS (SP) a instalação Coletivo, do fotógrafo paulista Cássio Vasconcellos. A criação do artista monta um enorme mosaico formado por fotos aéreas de diversos veículos estacionados em vários pátios, como no Detran e em concessionárias. Cerca de 50 mil carros, ônibus, caminhões, ambulâncias foram recortados e colocados lado a lado.

Serviço
Exposição Coletivo

espaço redondo

MIS
Avenida Europa, 158
Telefone: (11) 2117.4777

terça a sexta, 12-19h
sábados, domingos e feriados, 11-18h
R$ 4, adultos -R$ 2, estudantes
grátis aos domingos e diariamente para pessoas com mais de 65 anos

Ele nasceu como nós

Semana passada falei sobre "clássicos melosos" e, sete dias depois, "queimo" minha língua. Quer dizer, em partes. Afinal, essa música não é um clássico - mas poderá se tornar daqui um tempo. Trilha do filme The Preacher's Wife (A Mulher do Pastor) - com Whitney Houston e Denzel Washington - essa canção apresenta a união perfeita da voz de Houston com a composição de Mervyn Warren (ex-Take 6), em parceria com Hallerin Hilton Hill.
Who Would Imagine A King
(Tradução livre)

Mães e Pais, sempre acreditam
Que seus pequenos anjos são especiais com certeza
E voce poderia crescer e se tornar qualquer coisa
Mas quem imaginaria um Rei.

Um pastor ou um professor, é o que você poderia ser
Ou talvez um pescador pelos mares afora
Ou talvez um carpinteiro construindo coisas
Mas quem imaginaria um Rei.

E estava tão limpo, quando os sábios chegaram
E os anjos estavam cantando Seu nome
E que o mundo seria diferente
Porque Você estava vivo
O motivo para que o céu continue a proclamar.

Um dia um anjo disse, sussurando
Que logo Ele traria algo especial para mim
E dentre todos os maravilhosos presentes que Ele poderia me dar
Quem imaginaria, quem poderia imaginar, quem imaginaria um Rei.

Humor de 1ª na Segunda (32)

Capa da Semana (31)

O Diário de Taubaté mostra, já na primeira página, o que vale mais na imprensa: notícia ou propaganda?

Jornalismos

CASO THALES FERRI SCHOEDL
Delírios jornalísticos na Rádio Bandeirantes
Por José Paulo Lanyi em 10/12/2008

Como eu adiantara neste Observatório, no artigo "Absolvição do promotor condenado pela mídia", que apresentou a distorção, obrigo-me a retomar, com a devida análise, o caso do "pseudofuro" jornalístico alardeado pela Rádio Bandeirantes em São Paulo.
Ao gravar o off de sua entrevista com o promotor Thales Ferri Schoedl, veiculada na segunda-feira (1/12/2008), o repórter Pedro Campos permitiu-se dizer o seguinte:

"Durante os quatro anos que se passaram, Thales não concedeu entrevista. O promotor rompeu o silêncio neste fim de semana em uma entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes". Trata-se de uma desinformação gravíssima, e é sobre isso que vamos pensar agora. Ao fulcro do problema: a afirmação de que o promotor não havia sido entrevistado "durante os quatro anos que se passaram" é falsa. A primeira entrevista de Schoedl fora publicada por este Observatório em 23 de outubro de 2007, com manchete no portal iG, que manteve o artigo na home por várias horas, ao longo de um dia e meio. O promotor também seria ouvido pela revista Época, em fevereiro de 2007.

O silêncio dos culpados
Alertada por este articulista, a assessoria da emissora respondeu que avisaria a redação. À essa altura, a rádio já havia colocado o seu bloco na rua. Milhares de internautas receberiam esta mensagem sobre o furo-frankenstein:

"Thales Ferri Schoedl fala com exclusividade à Rádio Bandeirantes
Promotor fala à imprensa pela primeira vez desde 2004
São Paulo, 1 de dezembro de 2008 – O promotor Thales Ferri rompeu o silêncio e concedeu entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes no último fim de semana. É a primeira entrevista dele à imprensa desde os acontecimentos na praia de Bertioga, em 30 de dezembro de 2004, quando o promotor matou a tiros o jogador de basquete Diego Mendes Modanez e feriu o universitário Felipe Siqueira Cunha de Souza".
No site da rádio também se podia ler (e ouvir):

"Promotor Thales Ferri fala com exclusividade à RB
Pela primeira vez o promotor Thales Ferri Schoedl fala à imprensa sobre o episódio ocorrido há quatro anos na Riviera de São Lourenço, no litoral norte de SP".
Apesar do novo artigo neste portal, de todos os avisos de que tudo não passava de uma rematada balela e, claro, de mau jornalismo, a redação e o departamento de divulgação da emissora persistiram na papagaiada. A farsa foi "bancada", em uma prova inequívoca da indiferença de determinados profissionais pela verdade.

Vale a pena ser o primeiro?
Pioneirismo, liderança, primazia, é tolice negar a admiração do ser humano por aqueles que chegam na frente. No jornalismo, esse impulso psicológico é traduzido pela valorização de expressões como "entrevista exclusiva", "exclusividade" ou "furo de reportagem". Noticiar o que nenhum outro conseguiu é, em tese, uma demonstração de investimento em reportagem, de persistência pela busca da informação, de talento, de competência. Logo se verificam os resultados práticos: aumento do interesse do público, ou seja, da audiência e do prestígio e, no plano comercial, das verbas publicitárias.
Tranqüilizo o leitor, não pretendo escrever um manual de auto-ajuda. Uma vez proferidas as obviedades do parágrafo anterior, cumpre dizer o principal. Há, no jornalismo, quem se deixe obcecar pelo "furo", em detrimento de quaisquer considerações, como o zelo pela própria consciência, o respeito pelo público e o apreço pelos seus colegas de outros veículos. Troca-se tudo, inclusive a credibilidade, que se deveria pretender perene, por um momento vazio e, não afetemos admitir o contrário, indecoroso.
Erros são comuns a todos nós. Na cobertura do Caso Thales Schoedl, por desconhecimento, cheguei a escrever:

"Cumpriria, para melhor informar, mergulhar no processo criminal 118.836.0/0-00, que hoje compreende cerca de 1.500 páginas e cujos trechos ora publico com triste e alarmante exclusividade". No mesmo dia da publicação, contudo, sem que ninguém me houvesse censurado, apressei-me a me corrigir, no espaço de comentários:

José Paulo Lanyi , São Paulo-SP - Jornalista
Enviado em 2/10/2007 às 5:47:06 PM
É preciso dizer que encontrei agora na internet dois espaços que publicaram alguns testemunhos desse caso: o blog "Ronda Paulistana", no Globo Online, e o "Blog do Promotor". Pode ser que haja outros. De qualquer forma, essa é a minoria da minoria. É muito pouco, quase risível, infelizmente, diante da desinformação reinante.
Lesa-verdade
Há, contudo, "crimes de lesa-verdade". Em 28 de novembro, portanto três dias antes da veiculação da entrevista pela Rádio Bandeirantes, eu obtivera duas informações:
 
1. A emissora entrevistaria o promotor;
 
2. O repórter Pedro Campos tinha conhecimento da entrevista publicada por este Observatório.

Nesse mesmo dia, por e-mail, relatei o que soubera aos editores deste portal.
É mesmo gargalhante conceber o fato de que o repórter da emissora ignorava as entrevistas anteriores. Ele acompanhava o caso e desde muito batalhava por ouvir o promotor, que se recusava a concedê-la. Não foram poucos os que tentaram produzi-la, sem sucesso. O temor era o de sempre: a defesa sugeria a leitura dos autos, mas raros jornalistas se dedicavam a cumprir o seu dever.
Como este articulista foi, conforme os advogados, o primeiro a requerer a cópia do processo, tornou-se uma espécie de "referência" (concordo, é muito pouco, em terra de cego...). Em outras palavras se dizia: se quiser cobrir o caso com responsabilidade, faça como o seu colega que entrevistou o acusado e, ao menos, leia o processo.

A salvação da lavoura
É de se perguntar, também, se um repórter alucinado por uma entrevista não teria, necessariamente, indagado às suas fontes, aos seus colegas da Bandeirantes (inclusive aos seus sapientíssimos chefes) ou de outros veículos, ao Google ou ao Oráculo de Delfos: "Afinal de contas, esse sujeito, que considero a salvação da minha lavoura, foi ou não entrevistado um dia?" Alguém teria respondido. Se não os citados, o próprio promotor.
Diante do desfecho que testemunhamos, o conhecimento da entrevista publicada um ano antes altera o estatuto da distorção: da culpa para o dolo, do erro para a mentira.
Quantos trocariam um caráter por um furo jornalístico que milhares de pessoas já sabiam, de pronto, ser impossível, por fantasioso?
Minha resposta é: antes de a emissora ser avisada do vexame, ao menos um. Depois disso, como persistisse a impropriedade, se bem que lucrativa, sugiro recorrermos a uma calculadora.
Do detalhe à informação revolucionária, a regra, em muitas redações, tem sido a de mentir, omitir e distorcer.
O jornalismo brasileiro está na UTI. E eu sou o Dr. Pangloss.

(Fonte: Observatório da Imprensa)

Natal com swing

Se você quiser fugir dos clássicos melosos de Natal, aqui vai mais uma dica. Uma música composta pelo inigualável Cassiano (sobre quem escrevi em maio deste ano), em parceria com Paulo Zdanowski, que saiu no álbum Cuban Soul - 18 Kilates (1976).
Além do arranjo primoroso, vale a pena destacar, nesta música, o sax soprano de Paulo Moura. Você ouve, nesta semana, no DoxaOnline.
Hoje é natal
Hoje é Natal de estrelas no céu
Hoje é natal, Papai Noel
Deixou pra você os sinos do amor
E em meio as flores na sala, no bar
Lareira e as crianças a brincar
E no jardim o nosso cão a rosnar
Nossos cisnes enfeitam o pomar
Tudo é lindo, é Natal
Quantos risos, é Natal
Muitos risos, é Natal
Viver, sorrir
Noite de amor, de gente feliz
Noite de cor, de azul tão cheio de paz
Eu quero ter pra muito te dar
Oh, mãe querida, saiba que eu
Nunca te esqueci jamais, mamãe
Hoje é natal, é seu também

Humor de 1ª na Segunda (31)


Fonte: Mulher de 30 (Via: PavaBlog)

Mediocridade nas letras

Jorge Camargo e Gerson Borges cantam e debatem com Whaner Endo sobre literatura no meio evangélico, no último dia do II Encontro Nacional de Cristianismo Criativo.
Realização: W4 Editora. Apoio: zOnA dA rEfOrmA.

Dia IV - Parte I

Lançamento

Redassão

O Mano

Quando eu tiver um mano,
vai-se chamar Herrar.
Porque Herrar é o mano.

Fim.

(Colaboração: Andrea Saba)

Capa da Semana (30)

Mais uma vez o jornal Hora de Santa Catarina do grupo RBS, merece destaque, graças à sua equação/ilustração "bem explicadinha" para os torcedores:

Balaio

O jornalista Ricardo Kotscho criou um espaço no portal iG (também reproduzido no sítio da revista Brasileiros), com a finalidade de escrever "sobre tudo", não necessariamente sobre o que "bomba" na mídia. Segue o post de ontem (03/12):
Um post sem Dantas, crise, tragédias

Conta uma lenda urbana carioca que certa vez o ex-blogueiro e quase ex-prefeito Cesar Maia entrou num açougue e pediu um sorvete. É o que acontece, imagino, com alguns leitores deste Balaio que reclamam por não encontrar aqui os assuntos por eles considerados importantes.

Esta semana, um novo e bom amigo, o Dr. Jardim, da turma que se encontra nos finais de tarde no bar do Beto Ranieri, me cobrou um comentário sobre a indicação de Hillary Clinton para o governo Obama anunciada naquele dia. Nem tinha pensado nisso. Outros indagam porque o Balaio não fala do caso Daniel Dantas, da tragédia de Santa Catarina, da crise econômica mundial.

O que teria eu a escrever sobre a nomeação da sra. Clinton, que não tive a honra de conhecer, e destes outros assuntos, além de tudo que já foi exaustivamente publicado em todos os blogs, colunas e na imprensa em geral? O que mais me irrita como leitor é exatamente esta mesmice, tratar das mesmas notícias enguiçadas de que fala o meu colega Tuty Vasques. 

Numa época de pauta e pensamento únicos, meu objetivo no Balaio, desde o primeiro dia, como escrevi aos leitores, é tratar de assuntos que estão fora da mídia. Aqui não tem assunto obrigatório nem proibido. Procuro tratar de temas da vida real, fazer uma espécie de meu diário de repórter _ e tem dado certo. A cada dia, noto que entram mais novos leitores do que saem os que não encontraram sorvete no açougue.

Não poderia ter encontrado lugar melhor para refletir sobre este cardápio do Balaio e sua freguesia do que onde estou agora, numa fazenda em Igaratá, a uma hora de São Paulo. O único problema é a dificuldade para conseguir sinal da internet no meio do mato. Mesmo tão perto da cidade grande, é um outro mundo, mais lento, menos competitivo.

Por isso, saí do ar ontem, mas hoje dei um jeito de colocar nossa conversa em dia. Por um feliz acaso, comecei a ler hoje matéria da Folha de ontem, que tem tudo a ver com o que eu gostaria de dizer nesta hora de tantas aflições pelo mundo afora com a sucessão de crises e tragédias numa interminável safra de más notícias.

A matéria, na verdade, é de Sharon Otterman, do New York Times, e foi reproduzida pela Folha Ilustrada. Sob o título “blog zen”, assim mesmo, só com minúsculas, a matéria trata do “movimento do slow blogging, inspirado na idéia de slow food”. Uma das estrelas do movimento, Barbara Ganley, prega que páginas pessoais de internet sejam “um convite à reflexão, em vez de noticiosas e imediatistas”.

Mesmo sem saber da sua existência, sou há tempos um fiel seguidor deste movimento, ainda quando trabalhava na grande imprensa. Sempre procurei fugir dos assuntos que estão nas manchetes, das entrevistas coletivas, da competição com outros colegas pela mesma matéria.

Por isso, nos distantes anos 60 do século passado, comecei a ser chamado de “repórter do pipoqueiro”, em contraponto aos “repórteres dos assuntos sérios” naquela velha redação do Estadão dos tempos da censura (conto esta história no meu livro de memórias “Do Golpe ao Planalto”, editado pela Companhia das Letras).

Sempre gostei de inventar uma pauta fora do mundo oficial, de preferência num lugar bem longe, pegar um fotógrafo e um motorista ou uma passagem de avião e sair por aí caçando histórias sobre a grande aventura humana em nosso país.

Ao explicar o “slow blogging”, a repórter do NYT cita Todd Sieling, autor de um manifesto lançado em 2006, que define o movimento como “rejeição ao imediatismo”. “Em seu blog, Ganley justapõe imagens e textos, tecendo reflexões sobre a paisagem local. Ela tende a incluir posts uma ou duas vezes por semana, mas à vezes passa cerca de um mês sem incluir material novo”.

Ainda não cheguei a tanto… Sofro quando fico um dia sem atualizar o Balaio, mas concordo com a blogueira zen quando ela receita: “Escreva num blog para refletir; escreva tweets para se conectar. O blogging é aquele lugar sem pressa.

A seguir, reproduzo as 7 dicas do jornal para “você começar a postar como uma tartaruga”:

1. “Slow blogging” é a rejeição ao imediatismo
2. “Slow blogging” prova que nem tudo que merece ser lido é escrito às pressas
3. “Slow blogging” é meditação
4. Blogs de notícias são como restaurantes de fast-food
5. Fique em silêncio por alguns minutos antes de escrever
6. Não escreva a primeira coisa quelhe vem à cabeça
7. Inclua posts uma ou duas vezes por semana, mas, se precisar ficar um mês sem escrevar, faça

Se eu seguir esta última dica tenho a ligeira impressão de que o iG vai me mandar embora. Quem estiver procurando notícias  quentes sobre os principais assuntos do dia, pode encontrar aqui mesmo neste portal, no nervoso cardápio do Último Segundo comandado pela Mariana Castro.  Peço licença para me despedir porque agora estou sendo chamado para uma caminhada ecológica.

Retratos & Reflexos (30)

A fótografa Caroline Bittencourt, além de talento,
tem um site pessoal bem interessante, na horizontal.
Confira, também, seu flickr.

Seis vozes, várias emoções

Já escrevi sobre o grupo Take 6, em agosto do ano passado. Sem delongas, na entrada do último mês do ano, já em espírito natalino, curta um arranjo fantástico do clássico Away in a Manger, do álbum He is Christmas (19991). E, para quem é fã do grupo, saiu um novo álbum no final de setembro, intitulado: The Standard.

Na tela
Joy to the world e um medley de músicas natalinas. Take 6 ao vivo.

Humor de 1ª na Segunda (30)

(Fonte: Deus no Gibi)

Religião e Poder (6)

 A participação dos evangélicos na política brasileira
Robinson Cavalcanti

Há quarenta anos vivíamos o fim de um paradigma: a hegemonia das igrejas históricas no protestantismo no Brasil, e um “destino manifesto” civilizatório (protestantismo = democracia + progresso). O Estado Laico, os colégios inovadores, a ética do trabalho e do abandono dos vícios caminhavam juntos nessa construção, com os nossos intelectuais orgânicos e a ação aglutinadora da Confederação Evangélica. A “derrota dos comunistas”, em março de 1964, fora lida como resultado do Dia Nacional de Jejum e Oração liderado por setores “renovados” em 15 de novembro de 1963, que também abandonaram o seu passado e fizeram as pazes com o autoritarismo, cooptados pelo regime. Mais do que o adesismo de uma minoria de inocentes úteis, áulicos ou oportunistas, a ideologia que vivia a triunfar é a da alienação: “política não é lugar para crente”. A ideologia do “destino manifesto” civilizatório foi esquecida, desconhecida pelas novas gerações. Concentramo-nos em debates sobre o milênio e a tribulação, pois, quando não se atua neste mundo, se pensa no “outro” mundo. A construção de um pensamento evangélico latino-americano foi deixada de lado, pela importação de correntes teóricas e dos setores mais conservadores dos Estados Unidos. O evangelicalismo das missões viu triunfar o fundamentalismo.

Nesse regime militar, nova geração (a maioria de igrejas históricas) retomaria a reflexão e a ação, dentro dos espaços da pastoral estudantil, das agências de serviço, das escolas de pensamento, em ministérios não-denominacionais. A Teologia da Missão Integral foi uma lufada de ar fresco em um contexto estéril, preocupado com a “salvação das almas”. Desse espaço sairiam os criadores de movimentos apontando para a responsabilidade social e política dos cristãos, em campanhas como “Evangélicos pela Constituinte”, “Diretas Já”, eleições presidenciais de 1989, “Fora Collor”, e na proposta do MEP; do setor pentecostal -- que não tinha passado de engajamento -- se desenvolveu a noção de “candidaturas oficiais”, sob o lema “Irmão vota em irmão!”. Retornamos à ordem constitucional, as eleições se tornaram uma rotina, a imprensa e a cátedra são livres, bem como a sociedade civil. As regiões continuam desiguais; não foi fechado o fosso que separa os privilegiados dos apenas incluídos, dos marginalizados e excluídos.

A hegemonia pentecostal/renovada foi breve, atropelada pelo “neo-pós-isso-pseudo-pentecostalismo”, com a teologia da prosperidade, individualista, com os “filhos do Rei” confundindo consumismo com bênçãos. Pode-se falar em um crescimento quantitativo (e com sinais de mobilidade social ascendente) sem correspondência com a dimensão qualitativa, inclusive no espaço público. O “crescimento” não implicou a formação de cidadãos mais éticos e responsáveis, nem a redução dos males nacionais.

Para o evangélico médio, política é sinônimo de partidos e eleições. Daí o “avivamento” cíclico da profusão de candidaturas, desde as “oficiais” às resultantes de “profecias”, de níveis aquém do desejado e de resultados eleitorais cada vez mais escassos. Se o crente comum não recebe ensino sobre como fazer diferença na vida em sociedade, aqueles que ocupam posições nos poderes do Estado são, em geral, carentes de uma proposta diferenciadora ou de uma ética superior. Com a crise das ideologias e a ausência de nitidez dos partidos políticos, os evangélicos, quando se filiam, o fazem já especialmente naqueles menos nítidos, pois sua atuação é individualista e corporativa (em defesa do bem particular das igrejas, e não do bem comum da sociedade). Permanece a ausência de estudos bíblicos sobre ética social, história do pensamento cristão ou história política da igreja. Não havendo o conhecimento acumulado necessário para a reflexão sobre a conjuntura atual, além da não utilização das ferramentas das Ciências Humanas, a ação social (quando ocorre) raramente ultrapassa a dimensão do assistencialismo, ou da instrumentação para o “crescimento da Igreja”, sem relação com um conceito mais amplo de missão ou com uma noção mais bíblica do Reino de Deus. Como segmento expressivo, em disputa de hegemonia entre pentecostalismo/renovacionismo e o neo/pós/isso/pseudo-pentecostalismo, há de se reconhecer que o abandono dos vícios, a ética do trabalho, a valorização da família e o associativismo eclesiástico têm devolvido dignidade e qualidade de vida a milhares de brasileiros. O legalismo-moralismo da santidade passiva, a eclesiologia-gueto e a ausência de uma docência de um discipulado encarnado, não têm levado renascidos a ser o sal e a luz. A História nos tem mudado, mas não sabemos quanto temos mudado a História. A pauta para nosso testemunho cidadão, não decorre apenas da nossa História, da nossa cultura, e da nossa conjuntura, mas de um mundo exterior globalizado, onde não somente o Islã e o esotérico, mas o secularismo militante nos ameaça de fora, enquanto o liberalismo teológico vai abrindo as portas para os mesmos do lado de dentro.

Como reagiremos a esses novos desafios?

Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife
Fonte: Ultimato  (Via: Pavablog)

Capa da Semana (29)

Capa do sensacional livro
de Luis Fernando Verissimo, que saiu pela Editora Objetiva
Capa e projeto gráfico: Crama Design Estratégico
Escultura de LFV e ilustração: Ricardo Leite

Jornada dupla

Depois de ser flagrado usando recurso digital para apagar o logotipo da Record do microfone, durante a exibição de matérias, o programa evangélico "Fala que Eu te Escuto" achou outro jeito de usar o Jornalismo em sua programação proselitista: ele amplia e recorta o vídeo de forma que, nas matérias, só apareça o topo do microfone - sem logotipo.

Não bastasse isso, o "Fala que Eu Te Escuto" também transforma todos os jornalistas da Record em repórteres "telepentecostais". Esta semana, sem identificação, a jornalista Fabiana Scaranzi, do "Domingo Espetacular", virou repórter do programa evangélico em matéria sobre drogas.




Segundo Ooops! apurou, no Departamento de Jornalismo da casa (mas não em sua direção) há uma revolta generalizada contra essa prática.Além de a Universal se aproveitar da imagem de profissionais sérios em seus propósitos (imagináveis), o "Fala que Eu Te Escuto" também cometeu horrenda gafe na segunda-feira.

Logo na abertura da "matéria da Scaranzi", cravou que "uma das vítimas das drogas foi a cantora Cássia Eller, que morreu de overdose em 2001." Asneira.

Laudo conclusivo do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, divulgado no dia 31 de janeiro de 2002, provou que Cássia Eller morreu de infarto seguido de paradas respiratórias, e que não foi encontrado vestígio algum de qualquer tipo de droga.

Ricardo Feltrin, na Folha Online. (Via: Pavablog)

Retratos & Reflexos (29)

Pra onde ir???
(Fonte: xkalokax2)

Menos é mais

O Baixo & Voz começou quase por acaso. Em 1991, Sérgio Pereira (contrabaixo) fez um arranjo de uma música para um trabalho beneficente, somente com o instrumento e a voz de Marivone Lobo. O resultado surpreendeu e agradou, o que gerou mais um arranjo (confira entrevista).
A dupla consolidou-se e rendeu quatro álbuns. É do último - Viagens de Fé (2008) - que escolhi a música Idéia Nova, composição de Gladir Cabral e Gustavo Messina.
Uma palavra nova
Para iluminar a nova manhã
Uma idéia nova
A cor, a flor temporã

E mais uma cantiga nova
Cheiro de limão, sabor de maçã
O brilho da viola
Lá na praia de Itapuã

E mais uma janela aberta
Para receber a brisa do mar
E uma vontade certa
De o coração navegar

E mais, uma cidade alerta
Esperando a voz da vida chamar
Para uma grande festa
Que apenas vai começar

E mais, muito mais… Bem mais…

Quero cantar como quem anuncia
O calor do dia, a alegria,
A vida, a nova estação.
Sol, olha o sol sobre a pele da Terra!
Somos só o sal, o resto é chão.
É céu, é pleno verão.

Na tela
Fé Cega, Faca Amolada


Dia 27/11, ao vivo em Blumenau

eNtReVisTa miNuTo
Entrevista de Sérgio Pereira para o pessoal do zOnA dA RefOrmA: 

Humor de 1ª na Segunda (29)

Mediocridade no Teatro?

Com: Stênio Marcius e Wilson Tonioli

Parte I
 
Parte II
 
Parte III
Parte IV

Capa da semana (28)


No último dia 12 de novembro o grupo ativista Yes Men deixou os habitantes de algumas capitais do EUA surpresos. A manchete do tradicional jornal The New York Times trazia em letras garrafais: "Guerra do Iraque Acaba".
Cerca de 1,5 milhão de exemplares foram entregues gratuitamente em estações de metrô de Nova York e Los Angeles e também traziam matérias como: "George W. Bush é julgado por crimes de guerra" e "Tesouro anuncia um plano de impostos sensato".
Depois de ler algumas destas matérias, se o leitor ainda não tivesse percebido que era uma edição falsa, deveria prestar a atenção na data - 4 de julho de 2009 - e no slogan - "All The News We Hope to Print", literalmente "todas as notícias que esperamos publicar". Foi uma brincadeira com o slogan do jornal original, "All The News That’s Fit To Print", algo como "todas as notícias que cabem na edição".

A versão fake tem até direito a um site e também a uma versão digital.
Outra coisa interessante são as publicidades, que parecem de verdade, mas também têm seu lado de protesto. Por exemplo, em uma propaganda da empresa do ramo joalheiro De Beers traz a seguinte frase: "Quando você compra um diamante nosso, ajuda a financiar uma prótese para um africano que perdeu a mão na guerra tribal"...

Confira a reação das pessoas ao receber a edição:

New York Times Special Edition Video News Release - Nov. 12, 2008 from H Schweppes on Vimeo.

Lipoaspiração

Título estranho para o dia dedicado ao jornalismo, não? É que lendo um posto no blog do Luis Nassif, vi que ele escreveu sobre uma "barriga" do jornal Folha de S. Paulo. Para quem não sabe, barriga não é só o recipiente de cerveja de 11 em cada 10 jornalistas... É um termo ameno para um erro da imprensa. Eis o post de Nassif:

Hoje tem marmelada?
Da Folha Online
Defesa de Dantas pede novo depoimento de Protógenes e adia fim de processo

THIAGO FARIA

O advogado do banqueiro Daniel Dantas, Nélio Machado, pediu nesta quarta-feira ao juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, o acesso à gravação da reunião na superintendência da Polícia Federal, que decidiu pelo afastamento do delegado Protógenes Queiroz do comando da Operação Satiagraha.
O pedido da defesa de Dantas adiou, assim, o fim do processo contra o banqueiro na 6ª Vara Criminal, que poderia acontecer hoje com a entrega das alegações finais por parte dos acusados.
Para Machado, o conteúdo da reunião influencia diretamente no desenrolar do processo contra seu cliente, acusado de corrupção.

Comentário
É até monótono, de tão previsível. Alguém ligado a Dantas vaza o áudio - no caso, Raul Jungmann. Veja, militante, e Globo, diletante, repercurtem. Com interpretações incorretas sobre o conteúdo para "esquentá-lo". E os advogados de Daniel Dantas se valem das matérias para postergar a sentença.
Surpresa: ninguém percebeu nada! Só a blogosfera inteira, mais as torcidas do Flamengo e do Corinthians.

Comentário 2
Foi barriga da Folha. Não houve adiamento coisa nenhum, segundo acabo de ser informado. Houve a audiência, os advogados entregaram as alegações finais, assim como o Ministério Público. O juiz De Santis tem, dez dias para dar a sentença. O que os advogados de Dantas fizeram foi um requerimento, solicitando esse novo interrogatório do Protógenes. O juiz poderá conceder ou não.

Buraco negro

Cuidado! Uma simples círculo impresso em uma folha pode se tornar uma grande diversão - ou perdição - em um final de expediente entediante. (Via: Bombou na Web)

Retratos & Reflexos (28)

Momento trânsito completamente parado na Marginal Tietê e uma visita inusitada - do lado de fora do pára-brisa - rende uma fotografia...

Mediocridade em três partes

Todas as sextas-feiras de novembro o auditório da Livraria Cultura do Shopping Market Place tem sido palco para um debate sobre as artes e a igreja cristã, a partir do lançamento do livro Viciados em Mediocridade (Frank Schaeffer), pela W4 Editora, dentro do II Fórum Nacional de Cristianismo Criativo.

Dia 07 de novembro de 2008 foi a vez de Taís Machado (ABU) e João Alexandre (músico).

A turma do zOnA dA RefOrmA gravou e já colocou no ar alguns trechos do primeiro dia, dividido em três partes (devido às limitações do YouTube).

Assista em: http://zonadareforma.blogspot.com ou http://tinyurl.com/taisjoao

Cérebro

A música de hoje é Brain Damage, da banda inglesa Pink Floyd, gravada ao vivo em uma turnê de 1994.

Humor de 1ª na Segunda (28)

Humor e música com a Cia de Humor (apresentação de 2000)

Saindo da mediocridade?

Medíocres?

Trecho do primeiro dia

07 de novembro de 2008
Com: Taís Machado e João Alexandre
Lançamento do livro:
Viciados em Mediocridade, de Frank Schaeffer

A arte cristã é medíocre?

Assista, ao vivo (agora, gravado), o segundo dia do
II Fórum Nacional de Cristianismo Criativo:
Primeira Parte
Free TV : Ustream

Segunda Parte
Online video chat by Ustream

Hoje, Stênio Marcius (participação especial de Glauber Plaça) e Wilson Tonioli.
Na mesa de debates: Mediocridade no teatro?

Capa(s) da Semana (27)

Que Obama estaria em todas as capas já era previsível. A expectativa seria para a criatividade de cada redação. Na sua opinião, qual foi a melhor capa? E a melhor manchete?


 
  


2. Veja

Como desqualificar a função da imprensa

Por Alberto Dines, em 11/11/2008

O que ocorre neste momento nos escalões superiores dos órgãos de segurança (PF e ABIN) pode ser adjetivado como kafkiano – pesadelo, exacerbação do absurdo. No entanto, a qualificação mais apropriada para este episódio também deriva do nome de um gênio da literatura: dantesco.

Sob o ponto de vista institucional, político e funcional o Brasil vive um inferno. Verdadeiro caos. Com a Polícia Federal investigando simultaneamente a própria Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN, órgão da Presidência da República), o menos que se pode dizer é que estamos às vésperas de uma perigosa ruptura, estimulada por um lado pela vaidade de magistrados do Supremo Tribunal Federal e, por outro, pelas habituais trapalhadas do Ministério da Justiça.

O pecado original começa na imprensa. Em primeiro lugar porque no início da Satiagraha nossos jornalões se comportaram de forma irresponsável, divulgando sem qualquer suporte investigativo os primeiros relatórios produzidos pelos encarregados da operação policial. Aquilo não foi vazamento, foi inundação criminosa. Um telejornalismo que só se movimenta com dicas de policiais produz no máximo reality-shows e encenações.

Sob a ótica do jornalista, vazamentos são legítimos desde que os seus teores sejam devidamente checados antes da publicação. Sob a ótica do governo é legítimo investigar os funcionários – de qualquer escalão – que vazam para a imprensa informações sigilosas. Este confronto de legitimidades só conseguirá ser esclarecido através do debate.

Sem esclarecer

Quando estourou a operação Satiagraha, colaboradores deste Observatório da Imprensa repudiaram as práticas que colocam os jornalistas na condição de meros caudatários e subordinados dos órgãos policiais. Nenhum veículo, nenhum jornalista, nenhum opinionista teve a coragem de aproveitar a deixa para discutir com serenidade os procedimentos que desqualificam a função da imprensa.

O segundo pecado da mídia consiste em manter na penumbra a deplorável situação em que se encontram hoje os órgãos de segurança. O noticiário desses dias não é "holístico", mas apenas incidental.

A situação não é nova. Descende do Dossiê Vedoin, comprado de chantagistas para ser infiltrado no semanário IstoÉ. A PF mostra-se rigorosamente "republicana" quando sua comprovada eficiência não ameaça figuras do governo e dos partidos do governo. Quando seus investigadores farejam trapalhadas nas altas esferas, num passe de mágica evapora-se a sua competência e a PF passa a comportar-se de forma tosca e provinciana.

A partir do momento em que o então diretor-geral da PF Paulo Lacerda foi transferido para ABIN, e o então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos confessou publicamente a existência de um diário guardado num cofre que só seria aberto dentro de algumas décadas, evidenciou-se que a verdade estava sendo omitida.

A dramática trapalhada de agora é apenas a continuação da outra, a dos aloprados, que tão cedo não será esclarecida. Sobretudo porque nossa imprensa só chega à verdade através de vazamentos.

Retratos & Reflexos (27)

Caroline Borba trabalha sensualidade e luminosidade em seu trabalho.

Desplugado

Para aqueles que vivem na saudade, afirmando que as boas bandas de rock nasceram antes dos anos 1980, uma prova de algo de bom nasceu no final do século XX é a banda Queensrÿche (neologismo do nome de uma música da banda: Queen of the Reiche).
Formanda inicialmente pelos guitarristas Chris DeGarmo e Michael Wilton, Eddie Jackson (baixo), Scott Rockenfield (bateria) e Geoff Tate (vocal).
Em 1983 a EMI regrava o primeiro EP e, no ano seguinte, sai The Warming. Em 1986 tocam com AC/DC, Ozzy Osbourne e Bon Jovi. O estilo progressivo firma-se no álbum Operation: Mindcrime (1988), mas é com Empire (1990) que a banda marca seu lugar na história musical. É deste trabalho que escolhi a versão acústica do clássico Silent Lucidity, que faz parte do recém lançado The Best of Unplugged, organizado pela Kiss FM.
Em 1998, o guitarrista Chris DeGarmo deixa a banda, mas o trabalho continua, agora com o Kelly Grey que, mais tarde, dá lugar a Mike Stone.
Sei que os mais puristas irão dizer que há uma forte influência do Pink Floyd. Concordo, mas acredito que eles produzam um bom material.

Na tela
Queensryche no Rock in Rio II (1991)

Humor de 1ª na Segunda (27)

Tem gente que vai querer chamar o chefe, o cunhado ou o vizinho para uma partidinha de futebol americano...
(Via: Pilândia)

Cuidado dedinho o que tecla

Igreja Universal ganha ação contra Google
A juíza Laura de Mattos Almeida, da 12ª Vara Cível do Estado de São Paulo, acatou ação movida pela Igreja Universal do Reino de Deus contra o Google Brasil para que fossem retirados do site You Tube vídeos supostamente ofensivos à igreja. As imagens contêm trechos do depoimento do pastor Caio Fábio D'Araújo que associam a Universal à prática de condutas ilícitas e ao tráfico internacional de entorpecentes. O Google terá também de fornecer os números dos IPs e registros eletrônicos de criação referentes aos acessos às páginas (para postagem), sob pena de multa diária.
Fonte: O Estado de S. Paulo (07/11/2008)

Religião e Riquezas

Eu temo, [pois] onde as riquezas aumentaram, a essência da religião diminuiu na mesma proporção. Portanto, eu não vejo como será possível, na natureza das coisas, para qualquer reavivamento em religião continuar por bom tempo. Pois a religião deve necessariamente criar tanto a iniciativa como a frugalidade, e esses não produzem riquezas. Mas, onde as riquezas crescem, assim também orgulho, ódio e o amor ao mundo e todos os seus desdobramentos. John Wesley (1703-1791)

Debater ou não debater, eis a questão!

Sexta-feira. Em uma São Paulo debaixo de um temporal e com o trânsito travado (mais do que o normal), mais de cinqüenta pessoas foram persistentes e corajosas para chegar no Shopping Market Place (Zona Sul de São Paulo). O pólo de atração era o primeiro dia do II Fórum Nacional de Cristianismo Criativo, promovido pela W4 Editora.
Eu sou suspeitíssimo para tecer algum comentário, já que muitos - e caros - amigos fazem parte no pensar e no realizar desse evento. Mas, vou me arriscar.
Esse ano o fórum nasce a partir de um importante lançamento da W4 no mercado editorial. Addicted to Mediocrity foi lançado em 1981, por Frank Schaeffer. O nome, para quem conhece o meio cristão, chama a atenção, já que seu pai, Francis Schaeffer, ficou muito famoso como teólogo e criador da comunidade L’Abri, na Suiça.


O livro foi traduzido por Jorge Camargo e no Brasil recebeu o nome Viciados em Mediocridade. Dois posts atrás destaquei algumas frases. Observo que tirei tudo apenas do primeiro capítulo! Imaginem o que vem pela frente... Aliás, se você não consegue se conter, leia o prefácio de Sérgio Pavarini e curta uma "amostra grátis".
No primeiro dia do fórum estiveram presentes a psicóloga Taís Machado (da liderança da Aliança Bíblica Universitária) e o músico João Alexandre (confira algumas fotos). O evento foi transmitido ao vivo via UStream (você pode ter uma idéia da parte do bate-papo, no vídeo abaixo) e em breve alguns trechos, com uma melhor imagem, serão disponibilizados pela turma do zOnA dA RefOrmA.


Acredito que o fórum é um marco nos eventos eclesiais. Mas, terminado o debate, fiquei com duas indagações:
1) Talvez o fórum necessite de uma oposição de idéias para "aquecer" o programa. Quando todo mundo pensa mais ou menos a mesma coisa ou ninguém tem coragem de "atacar" o outro (claro, com educação e argumentação), não há muito crescimento. A provocação gera reflexão. Arugumentos, contra-argumentos, defesa de idéias, tudo isso faz com que usemos o que Deus nos deu de mais valioso: o raciocínio. Muitas vezes acredito que a mediocridade ocorre quando um grupo aceita piamente aquilo que algum figurão afirma, sem crítica, sem auto-crítica, sem duvidar. Infelizmente o povo cristão é conhecido como aquele que não consegue debater um assunto com boa argumentação e sem apelar para fundamentalismo e falta de educação (para não dizer, baixaria). Ou seja, somos considerados um povo cuja reflexão tem a "profundidade de um pires"... Infelizmente, o que vemos em outros eventos por aí, é que não se consegue discutir um assunto sem apelar para a ignorância.
O Fórum do Cristianismo Criativo tem sido diferente, desde sua primeira edição. O nível tem sido alto. Tanto no palco, quanto na platéia. Mas, ainda acho que não conseguiu produzir um debate de verdade, com dois pontos de vistas diferentes na mesa. Por enquanto continua uma exposição de idéias.
2) Schaeffer relembra, em seu livro, que a igreja dominou as artes, ou seja, era quem ditava formatos e tendências. Envolvida no meio universitário há muito tempo, Taís destacou que "hoje o universitário quase não lê". Foi o que constatou Pavarini, ao perguntar para a platéia quem havia lido mais de dois livros por mês neste ano. O número de pessoas não era suficiente para encher uma mão! Ou seja, como discutir arte na igreja quando praticamente não existe arte na igreja? E, pior ainda, quando o público cristão - em sua maioria - tem uma noção distorcida do que é arte e, pior ainda, não costuma freqüentar museus, exposições, teatro, cinema (fora do eixo hollywoodiano)? Que tipo de arte os cristãos querem cobrar, se não têm referencial artístico?
O livro é muito interessante e levanta importantes reflexões. Tomara que represente uma mudança na visão de cristãos sobre as artes, fazendo com que a igreja volte a ser um referencial na área e não vítima das "artes" que estão ao nosso redor. Você quer fazer parte desta transformação? Talvez um passo importante seja ler  o livro e participar dos próximos dias do fórum, neste mês de novembro:
Dia 14: Mediocridade no teatro? Com o músico Stênio Marcius e o diretor teatral Wilson Tonioli.
Dia 21: Mediocridade na dança? Com Carol Gualberto e Gerson Borges.
Dia 28: Mediocridade na Literatura? Com Gladir Cabral e Jorge Camargo.

II Fórum Nacional de Cristianismo Criativo
Horário: das 19h às 21h30
Local: Auditório da Livraria Cultura do Shopping Market Place
Avenida Dr. Chucri Zaidan, 902 - São Paulo/SP.
ENTRADA GRATUITA

Neurose dominical

Tem coisas que só a igreja faz por você
Camila Hochmüller Abadie

Ontem à tarde, em visita ao setor psiquiátrico de um hospital aqui de Porto Alegre, chamou-se a atenção o quadro de uma paciente em particular. Em meio a tantos outros pacientes sofridos, alguns em silêncio, outros dividindo suas loucuras com quem quer que tivesse ouvidos, ela estava triunfante. Pensando melhor, talvez “triunfante” não seja a palavra mais adequada, mas não me ocorre outra melhor e, em todo caso, expressa um pouco a idéia do que quero dizer.

Ela, a paciente que não sei o nome, tinha um dos pulsos amarrados junto à maca, prova de sua não constante docilidade. De tempos em tempos olhava para próprio pulso amarrado e dizia, com ar de desdém: Isso aí não é nada pra mim. E seguia falando sobre outras coisas. Porém, não bastasse isso, passado algum tempo ela começou a entoar um cântico, ao qual prestei atenção na tentativa de descobrir. E não foi preciso muito tempo para que eu conseguisse compreender o que ela dizia: tratava-se um hino evangélico qualquer. Terminado o hino, uma pausa para xingar a enfermeira e, logo depois, emendar com uma oração que dizia coisas como: “Senhor Jesus, me tira daqui… Só a Deus pertence todo o poder… Aleluia” e por aí afora.

Já na saída, enquanto o guarda confirmava minha saída com a enfermeira, ela, a mulher que não sei o nome, olhou para mim e com um sorriso nos lábios, disse: “Eu conheço essa moça”. Pronto. Se eu demorasse mais um segundo ali, receberia uma profecia de presente. Saí o mais rápido que pude.

Só Deus sabe tudo o que eu ouvi e vi ali naquele lugar, que certamente não é o pior do mundo, mas que é bastante cru e ruim. No entanto, dentre todas essas coisas o quadro daquela mulher me chocou e me entristeceu de um modo bem específico e profundo.

É bastante provável que a tal paciente não tenha desenvolvido tais comportamentos unicamente graças à igreja. Trata-se, sem muitas chances de erro, de um quadro que vem evoluindo com os anos e que encontrou na igreja o terreno propício para aflorar. E este é o problema. Quando Martinho Lutero estabeleceu, por meio de sua defesa contra as acusações clericais, as Escrituras e a razão como critérios para seu próprio comportamento e postura de fé, parece-me que de um modo inimaginado foram abertas as portas para tantas loucuras!

Claro, muitas coisas foram e continuam sendo desconstruídas de lá para cá, tanto dentro quanto fora dos arraiais do cristianismo, inclusive o próprio conceito de razão, mas não sei ao certo como explicar este subjetivismo psicótico que tem se alastrado pelas igrejas e igrejolas brasileiras sem reportar-me ao início da reforma. De algum modo, a perda da objetividade no que diz respeito ao estabelecimento do que seja consensualmente racional tem trazido conseqüências avassaladoras no campo da fé. “Deus me revelou”, “Deus mandou”, “Deus falou comigo”, “eu vejo o mundo espiritual”, “eu falo em línguas estranhas” são só alguns exemplos de falas cada vez mais comuns no meio evangélico brasileiro - um rebanho alucinado.

Não estou dizendo que a culpa é de Lutero, ou da Reforma. Estou, na verdade, tentando escrever e organizar o meu raciocínio sobre algo que conheço muito de perto, e que por isso me assusta, me perturba e me preocupa muito, muito mesmo: baseadas em uma liberdade libertina no exercício da hermenêutica e da exegese, multidões têm aderido a seitas pseudo-cristãs que lançam mão dos séculos de tradição do cristianismo em um jogo de roleta russa existencial. As igrejas, cada vez mais, em lugar de consistirem em um lugar de refúgio e de cura, tornam-se antros, contaminados por múltiplas formas de heresias altamente contagiosas e doenças psíquicas.

Não preciso dizer que nem todas as igrejas são assim, não é? As igrejas que escapam a esta vala comum são, normalmente, as igrejas ditas “geladas”, “frias”, não renovadas, não carismáticas, aquelas “que não acreditam na contemporaneidade dos dons” e blá, blá, blá. As quais, por sua vez, também não são perfeitas, mas encontram suas falhas em outros tipos de problemas.

Enfim, paro por aqui. Encontro-me com mais dúvidas, revoltas e pesares do que com respostas que tragam algum consolo. Inclusive, em termos de consolo e de critério, a única coisa que tem permanecido firme por aqui é o segundo mandamento: amar ao próximo como a si mesmo.

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