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Humor de 1ª na Segunda (11)

Juro que eu tentei fugir do CQC e sua trupe nesta semana... Mas, quando fui olhar o meme preparado pelo Ricardo (vide post anterior), deparei-me com a turma da comédia Improvável. Pensei: "Legal! Parece que não tem nada a ver com o CQC!!!". Fui assistir e lá estava ele: Rafinha Bastos!!! E, como convidado, Marco Luque...
Pois é! Tentei, mas não foi dessa vez. Confira um trecho do show:

O Improvável acontece toda última quinta-feira do mês, aqui em São Paulo. Diferente do stand-up, é um tipo de jogo que trabalha o improviso. No próprio sítio do grupo eles confirmam que o trabalho foi baseado no programa Whose Line is it Anyway (Warner).

Pausa para brincar

Assim como o Luis, fazia tempo que não participava de um meme. O lance é o seguinte:
# Acesse http://en.wikipedia.org/wiki/Special:Random - o título da primeira página aleatória que aparecer será o nome da sua banda;
# Vá pra http://www.quotationspage.com/random.php3 - as últimas quatro palavras da última frase da página formarão o título do seu disco;
# Clique em http://www.flickr.com/explore/interesting/7days - a terceira foto, não importa qual seja, será a capa do seu disco.
Confira meus resultados:
- Minha banda é a Foreign exchange!
- O nome do álbum é: It's touted to be...
- E a capa do nosso primeiro trabalho (montagem sobre foto de cs_alliens):Monte seu álbum também e conte por aqui!!!

Religião e Poder

De vez em quando, me arrisco a escrever sobre política. Hoje, coloquei no blog Confraria Ekklesial um post sobre as relações de alguns religiosos estadunidenses nas eleições para a presidência. Confira!

Religião e Poder (3)

Pastor que casou filha de Bush lança site pró-democrata
O reverendo Kirbyjon Caldwell, que realizou no mês passado o casamento de Jenna, filha do presidente George W. Bush, lançou ontem um site pró-Barack Obama. O site James Dobson Does Not Speak For Me (James Dobson não fala por mim) é um golpe para Dobson, um líder evangélico defensor da direita religiosa que nesta semana disse que Obama fez uma interpretação distorcida da Bíblia, em um discurso em 2006, para "adaptá-la à própria visão do mundo, a sua confusa teologia".
O site de Caldwell, lançado um dia após Dobson fazer duras críticas sobre o discurso de Obama, encoraja os internautas a assinar um documento declarando que Dobson não os representa. "Acho que é um crime e uma vergonha que o senador Obama tenha tido de explicar o fato de ser cristão", disse Calwell em uma recente entrevista. "Critiquem sua política. Critiquem sobre posição sobre qualquer coisa, mas não questionem sua crença."
(Fonte: O Estado de S. Paulo)
Caldwell é pastor da maior das United Methodist Church, nos EUA, com mais de 14 mil membros. O interessante desta notícia é que Caldwell é amigo pessoal da família Bush - como lembra a notícia, casou a filha do presidente, no último dia 10 de maio - e considerado um dos conselheiros de George W. Bush. A igreja do reverendo Caldwell fica em Windsor Village, uma das regiões mais carentes de Houston, no Texas.
Além do sítio, Caldwell também tem sido notícias por outra atitude, como destacou o jornalista Sérgio Dávila:
Cem pastores oram por Obama toda sexta-feira
Toda sexta-feira de manhã, às 9h15 de Washington (10h15 de Brasília), 100 pastores e líderes religiosos de diversas denominações se "reúnem" por telefone e, durante 15 minutos, oram conjuntamente por Barack Obama. Eles fizeram isso anteontem, antes da reunião do comitê do Partido Democrata que decidiria o destino dos delegados de Flórida e Michigan.
A cada sexta, um deles comanda a oração coletiva. Entre eles está Kirbyjon Caldwell(...)
Do outro lado da polêmica do sítio de Caldwell, está o Dr. James Dobson, médico, professor e escritor cristão que, em 1970, abandonou sua carreira médica para se dedicar ao que proclama "defesa da família". Para isso, foi criada a organização Focus on the Family (Enfoque na Família), que tem programas veiculados em milhares de rádios nos EUA e no mundo.
O interessante é que, embora Dobson seja publicamente conhecido por seu posicionamento republicano, já afirmou que "não votará em McCain porque o candidato defendeu no passado as pesquisas com célula-tronco" e "não se empenhou o suficiente para impedir o casamento entre pessoas do mesmo sexo em seu Estado". Ao mesmo tempo, critica Obama, pois o candidato "distorceu a Bíblia e adotou uma postura 'amalucada' diante da Constituição do país" (leia na íntegra).

Parece que os republicanos cada vez mais perdem terreno. Pelo menos no terreno religioso...
Mas, tem mais gente de olho no que dizem os candidatos, principalmente no que diz Obama:
- O blog Gay Christian Movement Watch, por exemplo, tem comparado o que dizem os candidatos sobre a homossexualidade, principalmente dentro das igrejas (confira - em inglês).
- O blog republicano SaveCivilization.org destaca que a igreja de Obama é separatista, afrocêntrica e uma bizarra derivação da Teologia da Libertação (confira - em inglês).

Yes, nós temos cantores fantásticos

A grande ópera negra de Gershwin
Pela primeira vez, uma montagem com cantores brasileiros refaz o cortiço jazzístico de Porgy and Bess, que estréia hoje [26/06/2008]

Patrícia Villalba

A soprano Edna D'Oliveira persegue a personagem Bess há dez anos, esperando o momento em que teria a maturidade vocal necessária para interpretar a prostituta viciada em cocaína de Porgy and Bess, a ópera jazzística composta por George Gershwin em 1934. ''Venho me preparando faz tempo para ela, para quando chegasse a hora certa'', conta ela, olhos brilhando, num ensaio no Teatro São Pedro, onde ela estréia hoje como protagonista da primeira montagem da ópera com atores brasileiros, um elenco negro como concebido por Gershwin.

Não é somente a empolgação com que detalha o processo de produção que faz com que se conclua que Bess é mesmo uma personagem perfeita para Edna. Por uma feliz coincidência, ela sobe ao palco ao lado do marido, o baixo José Gallisa. É um grande momento na trajetória do casal, cujas carreiras líricas vêm sendo construídas lado a lado, e com êxito internacional, há 19 anos. ''Nós nos apresentamos juntos antes. Às vezes, ele me mata em cena, outras, é meu pai. É a primeira vez em que atuamos como protagonistas, como par romântico. Isso só é possível nesta ópera: Porgy é escrito para um baixo e Bess, para uma soprano. Em geral, os casais são tenor e soprano'', explica Edna.

Um projeto que nasceu na mesa de um restaurante, no ano passado, a montagem de Porgy and Bess é produzida especialmente para o charmoso Teatro São Pedro. O original de 3h40, em três atos, foi adaptado pelo diretor João Malatian e pelo diretor artístico e regente Felipe Senna para 2h15, em dois atos, com 15 minutos de intervalo e sem coro. São 19 artistas no palco - 14 cantores, um ator e quatro bailarinos. No original, são 20 cantores solistas, quatro atores, grande coro e orquestra sinfônica. ''O original é impossível para este teatro. Mantivemos, então, a trama central, mas enxugamos a crônica de costumes, fazendo a fusão de alguns personagens e histórias paralelas'', detalha Malatian.

Considerada como a ópera americana mais importante de todos os tempos, a Porgy and Bess que o público paulistano verá privilegia justamente o que a obra de Gershwin teve de mais pioneiro - o colorido jazzístico.

Num trânsito interessante entre o erudito e o popular, será executada por uma orquestra de câmara com 12 músicos - violino, viola, violoncelo, banjo, piano, baixo, bateria, trompa, trompete, sax, flauta, clarinete e clarone. ''Gershwin viveu o surgimento e estabelecimento daquilo que chamamos hoje de música popular. Aqui, era o choro e o samba que nasciam. Lá, o jazz. Pela proximidade e afinidade musical, absorveu, desenvolveu e recriou influências da música do povo em sua própria linguagem ''bem educada'' - educação esta que nenhum outro músico envolvido com o jazz havia tido até então'', anota Felipe Senna que, com apenas 29 anos, também é diretor musical residente de Os Produtores, em cartaz no Rio.

O grupo formado especialmente para a montagem ensaia com afinco há um mês. A s três primeiras semanas com piano, e desde sexta-feira passada com a orquestra. ''Todos eles, claro, viram e ouviram as diversas versões da ópera, mas aqui a sonoridade é outra, por causa da estrutura em que estamos trabalhando'', observa Senna.

O maestro conta que a obra megalomaníaca de Gershwin é conhecida por seus ''cortes tradicionais''. ''São diversos os relatos das conversas sobre adaptação entre Gershwin e seu diretor cênico durante a turnê americana da primeira companhia, com a finalidade de viabilizar as montagens, execução e até mesmo a compreensão de tudo'', diz. ''Ele criou canções-tema para cada um de seus 11 principais, e ainda para os vendedores que caracterizam a passagem do tempo, para as cenas de ação, as tempestades, as lutas... Permeou os subtextos das figuras centrais com mais música. E percebeu, finalmente, que tinha passado da conta.''

O clima de cortiço de Porgy and Bess é recriado num cenário vazado de Renato Theobaldo, duas toneladas d e caixotes de frutas. Simples e valorizada pela luz, a cenografia se contrapõe e curiosamente se completa com os figurinos de Fábio Namatame que, apesar de estar lidando com prostitutas, traficantes e vagabundos, não deixou de lado o glamour dos anos 30 na hora de vestir os atores - Bess surge voluptuosa num vestido vermelhíssimo.

Com a canção Summertime permeando toda a narrativa, a ópera conta a história de um mendigo deficiente físico, Porgy, e sua relação conflituosa com a prostituta Bess, personagens de uma comunidade negra miserável, no sul dos Estados Unidos. ''Bess é muito volúvel, por causa do apego que tem às drogas, ao dinheiro e ao sexo. Gosta muito do Crown (David Marcondes), seu amante, mas também se vê presa ao traficante Sportin''Life (Geilson dos Santos). E, às vezes, em momentos de lucidez, pensa em levar uma vidinha tranqüila ao lado de Porgy'', detalha Edna.


Compositor uniu o Jazz à tradição européia
João Luiz Sampaio

INOVAÇÃO: Para se e ntender o impacto que teve a criação de Porgy and Bess é preciso voltar à época de sua estréia. Se hoje a mistura de estilos, gêneros, influências é algo que se dá com freqüência, nos EUA do início dos anos 30 havia algo de visionário em um compositor que se propunha a levar para a ópera a história de amor e morte ambientada em uma comunidade de pescadores negros do sul dos Estados Unidos, dando a ela uma roupagem musical que unia a tradição européia com o jazz e o blues. Não por acaso, demorou para que a peça de Gershwin ganhasse o status de obra-prima, o que começou a ocorrer apenas em 1976, quando pela primeira vez ela fez parte da temporada de uma grande casa da ópera, em Houston, chegando nove anos mais tarde ao Metropolitan de Nova York. Escrita com base no livro Porgy, de DuBose Heyward, que também assina o libreto, a ópera conta a história de Porgy, que tenta salvar Bess, sua amada, da dominação de seu cafetão e de seu traficante de drogas. A história se passa na Carolina do Sul, onde Gershwin fez pesquisas sobre a preservação da herança de ritmos africanos; mas ele bebeu mesmo foi na cena jazzística de Nova York. Há, na verdade, um pouco de tudo: orações, blues, spirituals, canções de trabalhadores, transmutados em árias, duetos e recitativos. Vários autores também já chamaram atenção para a presença de melodias de origem judaica na partitura. Gershwin também faz uso de temas condutores, que se associam a cada personagem e situação, reaparecendo ao longo da ópera, agregando novos significados ao texto. Trechos como ''Summertime'', ''I Got Plenty o'' Nuttin'', ''Bess, You Is My Woman Now'' e '' I Loves You, Porgy'' estão entre as mais célebres criações do compositor.

Conheça o blog da soprano Edna D'Oliveira

Capa da Semana (10)

A (triste) Capa da Semana vai para o Jornal da Tarde, que destacou a censura sofrida pelo periódico:
Liminar concedida ontem [terça-feira, 24] pelo juiz-substituto Ricardo Geraldo Resende Silveira, da 10ª Vara Federal Cível de São Paulo, proibiu a publicação de reportagem sobre supostas irregularidades cometidas pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) que estão sendo apuradas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). (Fonte: JT)
Curiosamente, no último dia 20 de junho, O Estado de S. Paulo tornou público páginas que foram censuradas durante o regime militar. Confira.

Claro que atitudes como estas devem causar perplexidade e revolta. Porém, é importante diferenciar o tipo de censura imposto pelo regime militar e o que, infelizmente, insiste em ressurgir aqui e ali.
Na época da ditadura, os interventores chegavam até a permanecer nas redações, vigiando de forma ostensiva o que seria publicado. Muito era retirado ou modificado. Jornalistas eram ameaçados. Alguns "desapareceram". Outros foram torturados. Muitos fugiram exilados. Mas, em meio a estes acontecimentos, não havia transparência. Quando muito, a criatividade de jornais como Estadão e Jornal da Tarde, com suas receitas de bolo e versos de Camões (confira).

Felizmente, uma capa como a do Jornal da Tarde da última quarta-feira, revela que, embora uma decisão arbitrária tenha sido tomada, vivemos em uma democracia, já que a atitude judicial pode ser revelada publicamente, em primeira página e provocar as devidas repercussões.
Por isso, fiquei pensando sobre como esse assunto é delicado. Quando um órgão da imprensa publica uma informação incorreta, que repercute na vida de um cidadão - ou de uma empresa - nem sempre há como voltar atrás. A vítima pode até processar civil e criminalmente a empresa de comunicação, mas o dano, geralmente, é permanente.
É preciso a busca do equilíbrio. Tanto daqueles que detêm o poder público quanto daqueles que detêm o chamado "quarto poder".

Assim que vi a manchete, o que veio à minha mente foi uma suposição: Se os proprietários da Escola Base tivessem entrado com um pedido liminar que impedisse a veiculação na mídia das declarações do delegado que conduzia as investigações (e da própria investigação, até provas concretas), será que o caso seria lembrado hoje como um marco da censura e do cerceamento da liberdade de imprensa (poupando os acusados que eram inocentes) ao invés de, como de fato, tornar-se um marco da falta de apuração, do "fontismo" (crédito absoluto em fontes nem sempre tão confiáveis) e do abuso da liberdade de imprensa (causando danos irreparáveis nas vidas dos proprietários da escola e seus familiares)?

Jornalismo esportivo

Luciano do Valle fez um grande desabafo no programa Tudo em Dia (TV Clube - afiliada da Band em Pernambuco), em 11/6/2008, final da Copa do Brasil entre Sport e Corinthians. A metralhadora girou para todos os lados, incluindo Neto, Oscar Roberto Godói, Milton Neves e Flávio Prado.

No YouTube tem o áudio da íntegra da indignação de Luciano.

Retratos & Reflexos (10)

Em comemoração ao centenário da imigração japonesa,
um banco mudou a fachada da agência que fica na praça da Liberdade.

A rua Galvão Bueno é uma das vias que foram decoradas para as comemorações.
Fotos: © Fábio Davidson

Esquina da fama

Músicos famosos já deixaram sua marca na esquina eternizada pela canção de Caetano Veloso. É no encontro das avenidas Ipiranga e São João, no centro de São Paulo, que foi inaugurado ontem (somente para convidados) a Esquina da MPB, um novo espaço do recuperado Bar Brahma.
Graças à visão e ao empenho do empresário Alvaro Aoás, este marco da cidade deixou de virar uma igreja ou ser abandonado. O novo espaço promete promover novos talentos. Para isso, contará com as dicas de um grupo de curadores: Patrícia Palumbo, Gilberto Dimenstein, José Nêumane Pinto, Chico Pinheiro e Mauro Dias.
Nesta manhã, Gilberto Dimenstein falava, na rádio CBN, de forma emocionada sobre o projeto. A expectativa é que esse espaço seja mais um tijolo na parede da recuperação do centro paulista, além de incentivar nossa cultura.

Som de outrora

Quando você ouve as seguintes músicas, associa com qual artista?

a) Na Rua, na Chuva, na Fazenda;

b) As Dores do Mundo;

c) Acontecimento.

Se você respondeu...

a) Kid Abelha;

b) Jota Quest;

c) Vanessa Rangel (ou Marisa Monte).

...não ficou tão longe. Mas, provavelmente, deve ter menos de 30 anos (caso contrário, deve ser maníaco por ler encartes de CD's e descobrir os compositores das músicas...). É que estas canções têm em comum um compositor talentoso, porém pouco reconhecido: Hyldon.
Além das regravações mencionadas acima, Hyldon também integrou a trilha sonora do filme Antonia. Mas, foi nos tempos de Tim Maia, Cassiano (escrevi sobre ele em maio), Wilson Simonal e Tony Tornado que o músico baiano destacou-se.
Tudo começou em 1975, justamente com Na Rua, na Chuva, na Fazenda, que intitulou seu primeiro disco. Aliás, as músicas que agradaram ao grande público foram justamente deste primeiro trabalho. Em 1976, gravou o álbum Deus, a Natureza e o Amor, que não alcançou o mesmo sucesso. Mas, nesse trabalho é possível curtir a participação de integrantes de bandas de destaque na história da música brasileira, como Black Rio e Azymuth - entre eles Paulinho Trompete, Oberdan Magalhães e Jorginho da Flauta.
Embora não tenha feito sucesso na época (o que é discutível, já que apenas cinco mil cópias foram colocadas no mercado e se esgotaram rapidamente), este segundo trabalho de Hyldon foi relançado recentemente em CD, tendo inclusive sido masterizado por Luigi Hoffer, um dos técnicos de som que participou da primeira primeira gravação, feita pela Phonogram.
Para essa semana, escolhi Primeira Pessoa do Singular, uma parceria de Hyldon com Caetano Veloso. Esssa faixa tem um time de primeira: no piano elétrico Fender, o talentoso Robson Jorge; no flugel horn, Paulinho Trompete; nos sintetizadores e cordas, Artur "Tutuca" Borba; no baixo, Alex Malheiros; na bateria, Ivan Conti "Mamão"; na percussão, Chacal e Ariovaldo. Nos vocais, um verdadeiro coral (!), com destaque para Jamil Joanes, Fernando Adour, Carlos Dafé,

Confira uma animação para a versão original de Na Rua, na Chuva, na Fazenda:

zOnA dA RefOrmA # 006

Sou cristão apesar da igreja
(Parte 1)
(em breve também no GodTube)


Humor de 1ª na Segunda (10)

Pré-selecionados para o time de Dunga...

Uma questão de zêlo e amor

No CANADÁ...

Menina de 12 anos entra na Justiça contra pai após castigo
Uma corte canadense deu ganho de causa a uma menina de 12 anos, cancelando o castigo aplicado por seu pai depois que ela desobedeceu suas ordens de ficar longe da internet (...) A menina processou o pai na Suprema Corte de Quebec depois de ser proibida de participar de uma viagem escolar. A atitude do pai foi uma punição pela desobediência da filha, que apesar de suas ordens continuou entrando em sites de bate-papo (que ele já havia tentado bloquear) e colocou na rede fotos "impróprias".
(leia mais)

Enquanto isso, no BRASIL...

Maus-tratos causaram morte de menino em SP, diz IML
O diretor do Instituto Médico-Legal (IML), José Eduardo Velludo, de Ribeirão Preto, no interior paulista, apresentou um laudo informando que o menino Pedro Henrique Marques Rodrigues, de 5 anos, que morreu na noite de quinta-feira da semana passada, foi vítima de violência infantil.
(leia mais)

Capa da Semana (9)

A edição do periódico Correo na cidade de Piura, Peru, parece até jornal brasileiro! Humilhação no futebol, dengue se alastrando, preço dos ovos e frango subindo...

Portas abertas

Quando se discute a questão dos blogs - e da Internet como um todo - uma das questões que geralmente são colocadas pelos jornalistas é sobre os dois lados da moeda. Por um lado, a Internet abre o espaço para que todos - independentemente do talento ou formação - tenham espaço para exercerem sua liberdade de opinião, sem a pressão e o rabo preso das chefias de redação ou dos empresários da mídia. Por outro lado, esse espaço pode ser usado por qualquer um para escrever o que quiser - com ou sem apuração, seja verdade ou não.
É interessante que não é cobrado um diploma de Letras, por exemplo, para que alguém se torne um escritor. Mas, o Sindicato dos Jornalista vive em constante campanha para que os jornalistas tenham diploma de Comunicação Social. Particularmente, tenho uma posição controversa sobre o assunto. Acredito que o jornalista deva, sim, ter uma formação superior, preferencialmente na área de humanidades (Antropologia, Sociologia, Filosofia, Direito, etc.). E, na minha opinião, poderia ser criado uma pós-graduação ou especialização em Jornalismo, para apresentação dos aspectos técnicos e teóricos da área.
Enfim, já escrevi - e levei algumas pancadas - sobre o assunto no Observatório da Imprensa. Mas, todo este preâmbulo nasceu quando escolhi postar o texto de um de meus professores na faculdade. Bom, se eu fiz faculdade de Jornalismo, você conclui que o professor seja um jornalista, não é? Pois é, um dos meus melhores professores no curso de Comunicação foi um economista!
José Amaral - carinhosamente chamado de Mestre Amaral - é o tipo de educador que estimula o pensamento, a reflexão, o debate.
Um amigo. E um jornalista nato. O que ficou mais claro quando passou a escrever para jornais de bairro, jornais comunitários, participar de programas de rádio.
E ele não escreve só sobre Economia. Escreve muito bem sobre música. E, é por isso que hoje tomei a liberdade de publicar aqui seu mais recente artigo para o jornal Mundo Lusíada, onde ele é colaborador.
Leia e acredito que você vai concordar comigo que é preciso mudar o ditado:
De jornalista e louco, todo mundo tem um pouco!!!



NO CENTENÁRIO DE CARTOLA,
JAMELÃO PARTE CONVIDADO
PARA A BATUCADA NO CÉU
José de Almeida Amaral Jr

Justamente agora, neste ano de 2008, quando os apreciadores da MPB comemoram os 100 anos de nascimento do ilustre e muito inspirado compositor carioca Cartola, falecido em 1980, o destino subitamente também carrega destas para outras o mais importante intérprete das escolas de samba do país, o incomparável Jamelão, grande vascaíno e igualmente mangueirense como o secular autor de "As rosas não falam".

Agenor de Oliveira – Angenor, segundo o erro na Certidão de Nascimento - nasceu no Catete, teve sete irmãos e, filho de família pobre, mal conseguiu estudar o curso primário. Perdendo a mãe na infância, logo teve que trabalhar para ajudar a casa. Mudou-se pequeno para o bairro de Laranjeiras, onde conheceu os ranchos Arrepiados e União da Aliança. Nesse período aprendeu a tocar cavaquinho, presente do pai. Aos onze anos mudou-se novamente de residência, deslocando-se então para o Morro da Mangueira. O trabalho duro e a vida boêmia estariam sempre presentes desde a mocidade.

Quando adolescente, fazendo o serviço de pedreiro, para evitar que caísse sujeira sobre o cabelo protegia-se com um chapéu-coco, que os colegas diziam parecer uma cartolinha. E o apelido surgiu então, acompanhando-o para sempre. Junto com o amigo e também parceiro Carlos Cachaça fundou em 1925 o Bloco dos Arengueiros. Este grupo unindo-se com outros da região fundaram em associação poucos anos depois a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, a Verde-Rosa, cores do Arrepiados de sua infância e também de um antigo grupo local, o Caçadores da Floresta.

Em 1929 teve seu primeiro samba gravado por ninguém menos que o 'Rei da Voz', Francisco Alves. Intitulava-se "Que Infeliz Sorte". Três anos depois novamente Chico Alves em duo com Mário Reis levou ao disco outro samba de Cartola: "Perdão, meu bem". E aos poucos seus temas iam sendo registrados, embora nem sempre com crédito a ele, pois, naquele tempo era muito comum, triste realidade, para levantar alguns trocados, os compositores venderem às grandes estrelas suas canções. Segundo o pesquisador Ricardo Cravo Albin o samba "Não faz mal, amor" gravado também por Alves era uma parceria de Cartola e Noel Rosa, o 'Poeta da Vila Isabel', mas não revelado no selo do disco. Aliás, Noel gostava muito do refinado Agenor. Muitas vezes pernoitou no barraco do mangueirense para evitar dormir ao relento enquanto o orvalho ia caindo... Porém, embora suas composições fossem requisitadas para compra dos direitos ou gravação – Villa-Lobos indicou Cartola em 1940 para atuar numa apresentação com o maestro Leopold Stokowski que ia fazer registros da música brasileira para os EUA atuando com Pixinguinha, Luis Americano, Donga, João da Baiana, Jararaca e Ratinho entre outros bambas –, isto não melhorou suas condições de sobrevivência. Em 1946, para piorar, contraiu meningite e, pouco depois, ficou viúvo de um casamento iniciado aos 18 anos. Saiu da Mangueira e afastou-se do samba. Sumiu. Desapareceu. Muitos acharam que havia morrido. Nada incomum num país que desperdiça talentos, especialmente os vindos de camadas menos favorecidas.

Entretanto, cerca de dez anos depois, numa noite de 1956, o escritor Sérgio Porto reconheceu Cartola num boteco de Ipanema, vestido de macacão, molhado, trabalhando como lavador de automóveis. Esse fortuito encontro trouxe, assim, o sambista de volta aos palcos de onde nunca deveria ter saído. Contudo, somente em 1974 foi que ele conseguiu, finalmente, gravar um LP próprio, cantado e escrito por ele. Estava, naquela altura, com 65 anos de idade. Nesse ressurgimento também protagonizou a criação de um bar/restaurante na Rua da Carioca, centro do Rio, o Zicartola, em sociedade com sua esposa Eusébia, a dona Zica, no início dos anos 60. Naquele espaço culinário e cultural reuniam-se jornalistas, estudantes, poetas, músicos, boêmios. Não teve uma grande longevidade, mas fez história.

Agenor de Oliveira, entretanto, embora tardiamente, pode ser homenageado em vida, sentir-se querido e respeitado. Foi tema do Projeto Minerva em rede nacional, teve uma revista teatral intitulada "O Sol Nascerá" contando sua história, bem como um "Brasil Especial" na Rede Globo sobre sua biografia. Foi ovacionado por diversas capitais através do "Projeto Pixinguinha" atuando ao lado do também já saudoso João Nogueira entre outros fatos. O mais lamentável nisso tudo é que tenha ficado no ostracismo e passado por inúmeras dificuldades financeiras podendo ter dado tanta graça, sensibilidade e poesia a seu público. Apesar de todas as durezas da sobrevivência que teve de suportar manteve permanente a elegância e a alta categoria nas suas obras. Uma frase de Nélson Sargento resume essa figura singular: "Cartola não existiu; foi um sonho que a gente teve".

José Bispo Clementino dos Santos não teve uma origem melhor que a de Agenor de Oliveira. Também nascido no Rio de Janeiro, no bairro de S. Cristóvão em 1913, José Bispo era filho de um pintor de paredes. Após aprender o básico na escola primária foi à luta ajudar a família fazendo o serviço de engraxate e vendedor de jornais pelas ruas da então capital federal por volta dos 9 anos de idade. Era apelidado de Saruê. E, nas horas vagas, além de bater um futebolzinho, gostava de tocar tamborim e cavaquinho desde moleque. Gostava de acompanhar sua mãe na Escola Deixa Malhar, no Engenho Novo.

Certa ocasião, no meio de uma roda de samba, comum nos subúrbios cariocas, conheceu Gradim, o sambista Lauro Santos, que lhe convidou a visitar a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Aos 15 anos ele entrou na bateria da Verde e Rosa para jamais abandonar a entidade. E, junto com seus colegas, passou a freqüentar as batucadas da Praça Onze. Com esse envolvimento progressivo com a música, resolveu arriscar um concurso como cantor. E foi gongado. Mas, não desistiu. Confiava na qualidade de sua voz. E não queria ser apenas um operário. Ainda bem. Nossos ouvidos e corações agradecem.

Rodou como 'crooner' em várias gafieiras e dancings. Tentou outros concursos. E conseguiu vencer o da extinta Rádio Clube do Brasil que o contratou por um ano. Ia ficando cada vez mais conhecido. Não mais como José Bispo ou Saruê e sim como Jamelão, fruto negro e doce, apelido dado não se sabe ao certo onde, por um apresentador de salão de bailes ou programa de calouros no dial. Mas, o fato é que em 1949 conseguiu registrar, enfim, seu talento em disco. Foi na Gravadora Odeon. E o feito não passou despercebido. Em 1952 foi para a Gravadora Sinter e tornou-se crooner da Orquestra Tabajara de Severino Araújo com quem viajou à Europa. Em 1954, pela Continental, emplacaria o clássico tema "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brittes /Aloísio Augusto da Costa). Em 1956 imortalizou o samba-canção "Folhas mortas" de Ary Barroso, confirmando as possibilidades de seu canto, tanto esfuziante e rítmico no samba quanto no sentimental romântico. Personificou nos discos a dor de cotovelo do gaúcho Lupicínio Rodrigues. Foi cada vez mais sendo respeitado entre os amantes da música popular nacional. Tornou-se a voz da Mangueira e 'o intérprete do século dos sambas-enredo'.

Para o estudioso das origens afro e sambista Nei Lopes, Jamelão não foi só o maior gogó das escolas de samba como igualmente "um dos maiores cantores populares do Brasil em todos os tempos, formando no mesmo time de Francisco Alves, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Nelson Gonçalves etc". O Ministério da Cultura lhe concedeu com muita justiça a medalha da Ordem do Mérito Cultural em 2001. Nesse mesmo ano tornou-se 'Presidente de Honra da Mangueira', a escola fundada pelo seu amigo, mestre Cartola, de quem gravou o primeiro samba em 1958, "Grande Deus". Recentemente, ao completar 90 anos, o cantor foi alvo de muitos outros tributos.

Agenor e José Bispo são dois exemplos de talentos que o destino acabou reservando uma dose de sorte por terem sido, apesar das dificuldades vividas, reconhecidos. Entretanto, isto pouco ocorre. Negligente com os mais pobres, o país desperdiça potenciais ao largar suas crianças nas ruas das grandes cidades e mesmo no meio rural, arriscando-as sem proteção à violência ou ao trabalho forçado. "Ouça-me bem, amor/ Preste atenção/ O mundo é um moinho". Triturador de sonhos ele poupou para nossa felicidade os dois mestres.

Neste centenário do nascimento de Cartola o Morro da Mangueira ficou desfalcado na batucada em sua honra. Jamelão não poderá comparecer como pretendiam os organizadores da comemoração. Teve que partir: foi chamado para soltar seu inconfundível vozeirão na versão celestial da festa.

São Paulo, 18 de junho de 2008.

José de Almeida Amaral Jr.
Professor universitário em Ciências Sociais
Economista, pós-graduado em Sociologia e mestre em Políticas de Educação
Colunista do Jornal Cantareira
Colaborador do Jornal Mundo Lusíada
Colunista pela Pascom na Rádio 9 de Julho Am 1600 Khz

Retratos & Reflexos (9)

Confira uma recente matéria com fotos e textos dele
sobre
o Chile na revista Blackwater (ed #22)

Cover desplugado

Saímos da Austrália e pousamos no Canadá. Alanis Nadine Morissette completou 34 anos no último dia 1º de junho. Com 21, sua carreira deslanchou com o lançamento do álbum Jagged Little Pill. Antes disso, já tinha sido até apresentadora de programa de tv, no canal infantil Nickelodeon, aos 11 anos.
Nesta semana, você curte no DoxaOnline a única música que não foi composta por Alanis e entrou para o show - e para o álbum - Alanis Unplugged (1999): uma versão para o clássico King of Pain, composição de Sting para o The Police.

Humor de Primeira na Segunda (9)

O quê??? Vitrola!!!

Você sabe o que é radiola??? Bem, para os mais antigos, era uma espécie de vitrola ou toca-discos. Ah, não sabe também o que é isso??? Era um aparelho para se ouvir os LPs (long plays, vinis ou "bolachões").
Para os mais modernos, Radiola é o nome do novo programa de João Marccelo Bôscoli, com produção da Trama. Na estréia (nesta segunda, 16/06), o programa traz o quadro Ao Vivo, com a gravação ao vivo de duas faixas, com a cantora Ana Cañas e a banda de rock paulistana Forgotten Boys. Os músicos contarão com uma mesa de som Neve de US$ 1 milhão (apenas 13 no mundo), que é o xodó dos estúdios Trama (segundo fontes, a maior sala de gravação do Brasil, com 100 m² e pé direito de 8 m).
Bôscoli traz, também, uma cobertura dos festivais South By Southest (Texas/EUA), Abril Pro Rock e Recbeat (Recife) e vai relembrar bons momentos da música, como na seção Arquivo, com os Novos Baianos no programa MPB Especial (1973) e com o jornalista Fabio Massari em uma matéria sobre Frank Zappa. Em um momento "didático musical", o bloco Meu Instrumento, traz uma aula sobre violoncelo, com Sérgio Schreiber, músico da Orquestra Jazz Sinfônica.

O programa vai ao ar às segundas-feiras, às 19h30, pela TV Cultura (SP) - reapresentação às 2h (na madrugada de sexta para sábado).

Último dia

Hoje (domingo) é o último dia para você conferir o encontro fantástico entre Naná Vasconcelos e Yamandú Costa, no Teatro Fecap, em São Paulo. Saiba mais.

Decisões

Hoje resolvi postar sobre Randy Pausch, um professor de ciência da computação que teve diagnosticado câncer no pâncreas, com estimativa de vida entre 3 a 6 meses. Com a descoberta, ao invés de cair em depressão ou se isolar, decidiu dar uma aula diferente. A última aula. Uma verdadeira lição de vida.

Matéria do Fantástico (04/05/08)

(Também em texto e vídeo no Youtube)

Alguns trechos (com legendas)


Confira, também, na íntegra (em inglês)

Capa da Semana (8)

Na semana do rock australiano no DoxaOnline, a Capa da Semana vai para o The Sydney Morning Herald, graças a foto, no mínimo, artística...

Acabou o papel?

IMPRESSOS EM CRISE
Qual a saída para jornais e revistas de papel?

Por Luiz Egypto em 11/6/2008

(Comentário para o programa radiofônico do OI, no ar em 11/6/2008)

O caderno "Mais!" da Folha de S.Paulo publicou domingo passado um alentado artigo do jornalista americano Eric Alterman, dado originalmente na revista The New Yorker, em 31 de março passado. Este texto, aliás, foi comentado por articulistas deste Observatório no início de abril (ver "O relógio e o calendário", "A sobrevivência dos jornais impressos" e "A jovem mídia e os mamutes de papel").

O ponto central do artigo é um tema que vem tirando o sono de publishers e editores: o que será dos jornais, no médio e longo prazos, diante do crescimento avassalador das novas plataformas digitais multimídia? Para que servirão notícias e análises apresentadas em papel impresso se as mesmas informações podem chegar ao consumidor final num computador portátil, em um pager ou telefone celular?

A revolução digital está apenas no início. Já provocou mudanças notáveis no jornalismo e ainda deverá ter impacto muito maior sobre o ofício. Mas tomando-se o jornalismo como um negócio de inquestionável interesse público, convém notar o que mudou nos jornais que, premidos pela crise, adotaram sistemas de gestão nos quais os jornalistas estão alijados das instâncias mais importantes de decisão empresarial. Nesses casos, a tendência foi de que a compulsão pelo lucro levasse de cambulhada a qualidade editorial. E daí para perda de leitores e anunciantes foi um pulo.

Se há uma boa notícia nesse ambiente conturbado é que nada está pronto e acabado, tudo está em processo. O futuro dos jornais e revistas vai depender do quanto investirem na informação verificada e na credibilidade editorial. Nesses quesitos, podem ser diferenciados e imbatíveis. Na verdade, é uma questão de sobrevivência.

(Publicado no Observatório da Imprensa)

Esse é um assunto que de tempos em tempos volta à tona. E você? Qual sua opinião? Livros, jornais e revistas terão um fim? Migraremos todos para a mídia digital, lendo notícias em Palms, IPhones, smartphones e similares? No Tribunal de Justiça, onde trabalho, já há um Fórum (Freguesia do Ó), totalmente digital, onde não existe arquivo ou papel.
Deixe seu comentário.

Retratos & Reflexos (8)

Foto: © Fábio Davidson

Esta foto eu tirei para um trabalho escolar do meu filho Mateus, comparando fotos antigas e recentes do mesmo local. Esta semana, vasculhando os arquivos atrás de uma fotografia para postar nesta quarta-feira, parei para observar a foto e li: Casa das Arcadas. Descobri que o endereço da esquina da Rua Benjamin Constant com a Rua Quintino Bocaiúva foi inaugurado em 1929, pertenceu a Armando Álvares Penteado e abrigou escritórios de advogados ilustres. Fato justificado pela sua proximidade com a Faculdade de Direito da USP - a São Francisco, inaugurada em 1828 - que fica no final deste paredão de prédios e com o antigo Tribunal de Justiça (atual Palácio da Justiça, inaugurado 1933).
Hoje, abriga uma tradicional loja de calçados (lembro de ir com minha avó, desde o final da década de 1970), uma ótica e várias lojas. Mesmo assim, preserva muito da arquitetura original.
Outros dados sobre prédios antigos podem ser obtidos em sítios como o Viva o Centro.

Rock dos cangurus

O Men at Work foi uma banda de rock australiana do início da década de 1980, que ficou conhecida mundialmente já no primeiro álbum, Business as Usual (1982), que emplacou sucessos como Down Under, Who Can It Be Now? e Be Good Johnny.
O sucesso do primeiro álbum não se manteve nos seguintes, os integrantes saíram um a um, até restar apenas o vocalista Colin Hay. Até que a banda acabou em 1985. Em 1996 Hay e o ex-integrante Greg Ham se reuniram e ressucitaram o Men at Work para uma turnê mundial, que rendeu um álbum ao vivo em terras brasileiras e, por isso, recebeu o nome de Brazil (1998).
Não existe um sítio da banda, mas há um bom material em http://www.menatwork.com.br.
Nesta semana alguns vão relembrar e outros conhecer um dos maiores sucessos da banda australiana: Down Under.

Humor de Primeira na Segunda (8)

Muitas pessoas já riam com Danilo Gentili antes dele aparecer em rede nacional no CQC (Band). Tudo graças ao seu trabalho de stand-up no Clube da Comédia, em São Paulo. Neste exemplo, o tema é o golpe do seqüestro:

Este tipo de comédia corre um sério risco, pois depende muito da platéia que o humorista enfrenta. Confira um exemplo de "duelo" entre Danilo e uma espectadora:

Tristemunhos e Testemunhos

Ponto para o CQC e Danilo Gentili. E, mais uma vez, nota zero para os pseudo-cristãos...



Em contraposição à manifestação coletiva da Marcha (na minha opinião, de poucos resultados práticos), acredito cada vez mais no testemunho individual, aquele que poucos acabam conhecendo, mas que produz muitos frutos. O tipo de testemunho que não quer aparecer na televisão, mas é resultado de um compromisso pessoal com Deus. Um testemunho que não faz barulho, nem para ruas, mas, de forma discreta e gradual, aproxima pessoas do amor de Cristo.
Hoje, durante o culto desta noite, o pastor Ricardo Cassab (da Igreja Presbiteriana da Silva Jardim, em Curitiba/PR), que acompanhou os adolescentes de sua igreja em um intercâmbio aqui em São Paulo no Projeto Raízes, finalizou sua pregação - baseada em João 15.8: "Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos" - com um vídeo que apresenta o testemunho de Andressa Barragana, uma garota de 13 anos, moradora da cidade de Pelotas/RS. Em determinada parte, ela afirma: Se não fizermos nossa parte agora, se quiser fazer amanhã, talvez não dê mais tempo.

Saiba mais
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Capa da Semana (7)

Enquanto o Rio de Janeiro investiga o Garotinho, no Espírito Santo quem foi para a gaiola foi o Passarinho... Matéria de capa do jornal A Tribuna.

Do lado esquerdo

Vejam só o que descobriram em um dos exames que fiz...

Mundo chato

Se você gosta de História, vale a pena. Se quer saber sobre atualidades, é imperdível. Tecnologia, Jornalismo, Política, Economia? Você não pode deixar de ler!
O Mundo é Plano, do premiado jornalista inglês Thomas L. Friedman, é um ponto de partida para entender o mundo globalizado e interconectado que vivemos hoje.
De leitura divertida e linguagem compreensível, não se assuste com o tamanho (459 páginas). Você não vai querer parar de ler...
Claro que, como eu escrevi acima, é um ponto de partida. Como jornalista, Friedman escreve sobre fatos, traça suas teses, monta um quebra-cabeça. Mas, não é intenção da obra uma abordagem do lado sócio-antropológico.
Desta forma, acredito que depois dessa importante leitura, é preciso muita reflexão. Por exemplo, uma abordagem sobre a questão do uso da mão-de-obra dos chamados países em desenvolvimento – emergentes (Índia, China, Brasil, etc.).
Não podemos deixar de observar que O Mundo é Plano foi escrito sob a ótica euro-estadunidense. Desta forma, o crescimento empresarial nos EUA e Japão, por exemplo, identificado como fruto de um processo de terceirização – ou outsourching – de seviços é resultado de baixas remunerações (em comparação ao pagamento nos países “sede”), entre outros fatores.
Nas entrelinhas, justifica-se este fato pelo motivo que, mesmo sendo um salário baixo, comparativamente (às vezes até 1/5 que seria pago , no país onde a mão-de-obra está sendo empregada, apresenta-se como um valor considerável.
Ficam, então, algumas perguntas:
- Mesmo levando em conta as questões de investimentos (recursos, treinamento e remuneração), essa “terceirização” não é o retorno de uma forma de exploração “colonial”?
- O que vai acontecer quando estes países emergentes qualificarem-se, crescerem (economicamente e demograficamente, já que em sua maioria são densamente populados), consolidarem uma posição no mercado e exigirem o mesmo nível salarial dos países “origem”?
Só o futuro – e talvez mais um excelente livro como esse – nos dirá...

Enganação
Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que continuo pedindo nota fiscal. O problema foi meu desapontamento com o esquema da Nota Fiscal Paulista. Depois de notas e mais notas com CPF, verifiquei que o saldo é baixíssimo. Muitas das notas ainda não foram lançadas pelos estabelecimentos comerciais. Mas, o pior mesmo, é descobrir que muitas delas não reverterão em algum valor. Conforme O Estado de S. Paulo da última sexta-feira (30/05),
Remédios, produtos de limpeza doméstica, higiene pessoal, alimentos, material de construção e combustível, entre outros produtos, abrangendo 13 setores, que se enquadram no regime de substituição tributária, não geram recolhimento de ICMS pelo varejo. No regime de substituição tributária, o ICMS é pago antecipadamente pelo fabricante e não em cada etapa da cadeia produtiva.
Ou seja, se não há recolhimento de ICMS na nota, não há valor para cálculo do retorno para o consumidor...

Retratos & Reflexos (7)

Esta foto ilustrou uma matéria que fiz em 2004 sobre pessoas em situação de rua.
Infelizmente, parece que a situação das pessoas não mudou nada nos últimos 4 anos...
Foto: © Fábio Davidson

Mach 5

Com a desculpa de levar meus filhos ao cinema, fomos assistir ao filme Speed Racer. Vão falar que estou ficando velho, mas ainda acho o desenho mais legal. Claro que os efeitos do filme são estonteantes, a trilha sonora envolvente e a caracterização dos atores lembrou bastante os personagens do desenho.
Para quem não se lembra - ou finge não lembrar... - o desenho animado surgiu de um mangá (história em quadrinhos) no Japão, no início da década de 1960. Mach Go Go Go, criado e ilustrad0 por Tatsuo Yoshida fez muito sucesso e, em 1967, a produtora estadunidense Trans-Lux comprou os direitos, fez algumas modificações e adaptou o desenho para o público norte-americano. A série passou a se chamar Speed Racer, o carro recebeu o nome de Mach 5 e o foco das histórias foi mudado do carro para o piloto. No site RetrôTV você pode saber mais sobre a série (ou no site oficial - em inglês).

Mais uma vez, uma das coisas que me chamavam a atenção no desenho foi a trilha sonora. O tema de Speed Racer marcou a série. Em 1995, Ralph Sall organizou uma coletânia com a releitura dos temas de vários desenhos infantis, interpretados por bandas e cantores de renome. O tema de Homem-Aranha, por exemplo, foi interpretado pelos Ramones. O álbum recebeu o nome de Saturday Morning - cartoon's greatest hits e traz ainda os temas de The Bugaloos, Popeye, Jetsons, Scooby-Doo, Jonny Quest, Flinstons, entre outros.
A música que escolhi para esta semana é a versão da banda grunge Sponge para... Speed Racer, a partir do original de Nobuyoshi Koshibe.

Temos conserto?

Clique na tirinha para ampliar.
(Fonte: Clube da Mafalda)

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