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O Reino e o Poder

Ainda sobre a Piauí. Não consegui terminar de ler. Mas, li a matéria do jornalista Sandro Vaia, Detrás das dunas do Estadão. Mais do que um depoimento histórico é um desabafo, com detalhes sobre os bastidores do jornal O Estado de São Paulo após o crime do jornalista Antonio Pimenta Neves, até então o diretor de redação do periódico.
Vale a pena. Mostra o quanto a preocupação com o financeiro interfere na qualidade jornalística. E o quanto é importante inovar, mas sem jogar fora a experiência do passado.
Depois de 37 anos no Grupo Estado, Vaia conta como o jornal reagiu ao assassinato da jornalista Sandra Gomide (por Pimenta Neves), ao atentado de 11 de setembro, ao acidente com o avião da Gol e tece seus últimos parágrafos com a sua saída, prevista e, ao mesmo tempo, abrupta, depois de modernizar o Estadão que, segundo ele, era um jornal "que tinha medo de errar".
Leia mais sobre a saída de Vaia no Portal da Imprensa e entrevistas do jornalista para a Revista Consultor Jurídico (agosto/2005) e para o Observatório da Imprensa.

É hoje
Às 20 h estréia o novo canal: Record News.

Ontem ou hoje?
De vez em quando paro na frente de uma banca e comparo as primeiras páginas. Resquícios do processo acadêmico, que engessa os procedimentos, lembrei de uma das "leis" do jornalismo, segundo a qual uma manchete sempre deve estar no tempo presente. Mesmo que um avião tenha caído ontem, a manchete deve ser: "Avião cai na mata".
Lembrei disso porque o Jornal da Tarde usou como manchete principal da primeira página: Jogamos nos caça-níqueis. É fácil. À primeira vista, fiquei impressionado, pois o verbo jogar estaria no passado, embora seja equilibrado com uma segunda frase (o que é raro, também) no presente. Porém, pensando um pouco, percebi que a terceira pessoa do verbo jogar é igual no passado e no presente. Ou seja, a não ser por aquele que bolou a manchete, é difícil definir se a frase está no passado ou no presente.

Lua-de-mel
Mulher de 82 anos e seu noivo de 24 querem conhecer o Rio. O casamento será amanhã, na cidade argentina de Santa Fé. (Fonte: G1)

Capas da Semana
A capa do JT, inicialmente, seria a Capa da Semana. Mas, foi duplamente desbancada por uma mesma notícia. Primeiro, pelo destaque do jornal carioca Extra, com a manchete: Bebel leva o governo a montar esquema para evitar apagão. Detalhe: O jornal pertence às Organizações Globo...
A segunda capa é do correspondente "global" paulista do jornal Extra, o Diário de S. Paulo, que também destacou a importante notícia: Governo teme apagão por causa de Bebel e Taís.

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