O Mundo é Plano, do premiado jornalista inglês Thomas L. Friedman, é um ponto de partida para entender o mundo globalizado e interconectado que vivemos hoje.
De leitura divertida e linguagem compreensível, não se assuste com o tamanho (459 páginas). Você não vai querer parar de ler...
Claro que, como eu escrevi acima, é um ponto de partida. Como jornalista, Friedman escreve sobre fatos, traça suas teses, monta um quebra-cabeça. Mas, não é intenção da obra uma abordagem do lado sócio-antropológico.
Desta forma, acredito que depois dessa importante leitura, é preciso muita reflexão. Por exemplo, uma abordagem sobre a questão do uso da mão-de-obra dos chamados países em desenvolvimento – emergentes (Índia, China, Brasil, etc.).
Não podemos deixar de observar que O Mundo é Plano foi escrito sob a ótica euro-estadunidense. Desta forma, o crescimento empresarial nos EUA e Japão, por exemplo, identificado como fruto de um processo de terceirização – ou outsourching – de seviços é resultado de baixas remunerações (em comparação ao pagamento nos países “sede”), entre outros fatores.
Nas entrelinhas, justifica-se este fato pelo motivo que, mesmo sendo um salário baixo, comparativamente (às vezes até 1/5 que seria pago , no país onde a mão-de-obra está sendo empregada, apresenta-se como um valor considerável.
Ficam, então, algumas perguntas:
- Mesmo levando em conta as questões de investimentos (recursos, treinamento e remuneração), essa “terceirização” não é o retorno de uma forma de exploração “colonial”?
- O que vai acontecer quando estes países emergentes qualificarem-se, crescerem (economicamente e demograficamente, já que em sua maioria são densamente populados), consolidarem uma posição no mercado e exigirem o mesmo nível salarial dos países “origem”?
Só o futuro – e talvez mais um excelente livro como esse – nos dirá...
Enganação
Antes de qualquer coisa, quero deixar claro que continuo pedindo nota fiscal. O problema foi meu desapontamento com o esquema da Nota Fiscal Paulista. Depois de notas e mais notas com CPF, verifiquei que o saldo é baixíssimo. Muitas das notas ainda não foram lançadas pelos estabelecimentos comerciais. Mas, o pior mesmo, é descobrir que muitas delas não reverterão em algum valor. Conforme O Estado de S. Paulo da última sexta-feira (30/05),
Remédios, produtos de limpeza doméstica, higiene pessoal, alimentos, material de construção e combustível, entre outros produtos, abrangendo 13 setores, que se enquadram no regime de substituição tributária, não geram recolhimento de ICMS pelo varejo. No regime de substituição tributária, o ICMS é pago antecipadamente pelo fabricante e não em cada etapa da cadeia produtiva.Ou seja, se não há recolhimento de ICMS na nota, não há valor para cálculo do retorno para o consumidor...
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