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Nascer para morrer

O verdadeiro sentido no Natal se completa apenas quando, 33 anos depois de seu nascimento, Jesus Cristo é executado por romanos e judeus. A ressurreição de Jesus é o grande milagre, aquele que dá a vida.
Aqueles que seguem a Cristo não são aqueles que buscam ou encontraram um sentido na vida. São aqueles que, simplesmente, conseguem viver. Brennan Manning, em O Evangelho Maltrapilho, escreve que:
O que faz discípulos autênticos não visões, êxtases, domínio de capítulos e versículos da Bíblia ou um sucesso  espetacular no ministério, mas a capacidade de manter-se fiel. Fustigados pelos ventos volúveis do fracasso, surrados por usas próprias emoções rebeldes e machucados pela rejeição e pelo ridículo, os discípulos autênticos podem ter tropeçado e caído com freqüência, experimentando lapsos e relapsos, ter se deixado algemar aos prazeres da carne e se aventurado em territórios distantes. Mas, permanecem voltados para Jesus.
À primeira vista, parece a descrição de alguém falso. Que vive uma espiritualidade de fachada. Acredito que não é isso que Manning quer dizer. Deus não quer que cumpramos regras para parecermos perfeitos e entrarmos em Sua presença. Ele sabe que isso é impossível. Ele quer que nós tenhamos consciência da nossa incapacidade em amarmos a nós mesmos e aos outros. Ele quer que sejamos nós mesmos. Mas, ao mesmo tempo, nos dá dicas sobre valores maiores do que o do status social e da posição financeira.
Nos Evangelhos, em nenhum momento Jesus lança os princípios de uma igreja institucional. Mas, apresenta as bases de uma sociedade vitoriosa, o que podemos ver claramente, por exemplo, no Sermão do Monte:
Bem-aventurados os pobres em espírito,
pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram,
pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes,
pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça,
pois serão satisfeitos.
Bem-aventurados os misericordiosos,
pois obterão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração,
pois verão a Deus.
Bem-aventurados os pacificadores,
pois serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça,
pois deles é o Reino dos céus.
(Mateus 5.3-10 - NVI)
É inegável que estes princípios, independentemente da sua religião ou forma de expressão espiritual, são transformadores.
Quando pensei na música dessa semana, logo me veio à mente o clássico Oh Happy Day, vencedora de um Grammy na década de 1970. Vários arranjos foram feitos nos últimos 30 anos, mas um chamou a atenção, em 1993, elaborado pelo ex-vocalista do grupo Take 6, Mervyn Warren (o mesmo da música da semana passada...), para o filme Sister Act 2 (Mudança de Hábito 2).
A música composta por Edwin R. Hawkins ganhou a interpretação do The St. Francis Choir, apresentando como solista o jovem Ryan Toby, então com 15 anos. O coral foi formado ainda por Lauryn Hill (com 17 anos, na época) e as atrizes-cantoras Jennifer Love Hewitt (Ghost Whisperer) e Ashley Thompson (Touched by a Angel).
Esta não é uma música, em essência, natalina. Mas, é o resumo da razão do nascimento de Jesus. Ele nasceu, morreu e ressucitou para que dias mais felizes fossem um sonho possível. Para que nossos pecados fossem lavados e levados para o mais longe possível. Para que aprendêssemos a lutar e orar. Para que vivêssemos nEle a verdadeira alegria, que existe nos dias bons e nos dias maus. Quando estamos com saúde e quando estamos doentes. Se estamos com bastante dinheiro ou com o orçamento quebrado.

Na tela
Se você procurar pelo YouTube - e afins - não vai encontrar arranjos muito diferentes dessa música. O mais interessante que achei foi esse, com Elvis Presley:

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