É importante e útil lembrar que o valor do sofrimento de Jesus repousa não na dor em si mesma (pois, em si mesma, a dor não tem nenhum valor), mas no amor que o inspirou, como Cirilo, de Jerusalém, destacou muitos séculos atrás. Ele escreveu: "Nunca esqueça que aquilo que dá valor a um sacrifício não é a renúncia que exige, mas a qualidade do amor que inspirou a renúncia". É exatamente assim que devemos nos aproximar do Calvário. A alma humana de Jesus alegrou o coração de seu Pai celestial com a generosidade incontrolável e a obediência inabalável de seu amor.
Felizmente, a cruz não foi a palavra final de Deus a seu povo. Nossa vida cristã contempla, além do Calvário, a ressurreição. É a natureza humana do Cristo ressuscitado, filtrada por inteiro pelo brilho da divindade, que mostra como um espelho reflete tudo aquilo para que somos convocados. O destino de nosso irmão Cristo é o nosso próprio destino. Se sofrermos com ele, com ele seremos glorificados.
O padrão é sempre o mesmo. Todos os caminhos levam ao Calvário. Só alcançamos a vida através da morte; só aprendemos a ternura através da dor; só chegamos à luz através da escuridão; Jonas deve ser sepultado no ventre da baleia; o grão de trigo deve morrer; devemos ser formados à semelhança de Sua morte se queremos nos tornar homens e mulheres da Páscoa.
Brennan Manning em A sabedoria da ternura.(Via: Tomei a Pílula Vermelha/ Ilustração: Renovatio Cafe)
O Calvário é o início
Em 12.4.09
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