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História de vida

Melhor que uma biografia é uma autobiografia. E melhor ainda quando esta é sincera e apresenta seu autor com seus defeitos e qualidades. Aproveitei esta semana que fiquei "de molho" e li as biografias de Eric Clapton e de Tim Maia.

A história do guitarrista inglês é surpreendente. Traz uma visão do cenário musical do rock inglês desde a década de 1960 e revelações daquele que ficou conhecido como o "deus da guitarra". Seu conflito familiar, envolvimento com drogas, dependência do álcool, relacionamentos instáveis, o nascimento e morte trágica de seu filho Conor.
Uma história que, a cada página virada, indicava um possível fim trágico. Mas, se você tiver oportunidade de ler o livro (lançado pela Editora Planeta, infelizmente com vários erros de revisão), poderá acompanhar como o guitarrista teve o rumo de sua vida mudado radicalmente.

Depois de uma primeira temporada de internação para tratamento contra o vício (drogas e, principalmente, álcool) na clínica Hazelden, em 1982, Clapton gravou Money and Cigarettes e voltou a fazer turnê. Foi um passo para uma recaída. Gravou uma série de músicas (que não foram aceitas pela gravadora), fez a trilha do filme O Traidor e participou de um trabalho de Roger Waters, saindo em turnê com ele. Em 1985, consegue emplacar um novo álbum, Behind the Sun, que também leva para a estrada, onde se afunda novamente no vício.
Em agosto de 1986, nasce Conor, segundo filho de Clapton, agora com uma modelo italiana. E foi graças ao filho que Clapton começa a voltar a si e perceber a necessidade de mudar seu estilo de vida. Em novembro de 1987 decide retornar para a clínica Hazelden. No final do tratamento, tudo parecia que ia se repetir, quando Clapton sofre uma mudança radical em sua vida, que o transformou até hoje (leia mais).

É nesse período que o guitarrista lançou o que ele considera “um de seus álbuns favoritos”, Journeyman (1989). Apresentando covers e parcerias com Jerry Williams – além da produção impecável de Russ Titleman e de participações especiais de Phil Collins, Robert Cray, Chaka Khan, George Harrison, entre outros. E é desse álbum que você ouve a primeira faixa: Bad Love, composta por Clapton e Mick Jones. Na bateria e back vocal, Phil Collins.

Bad Love

Oh what a feeling I get when I'm with you
You take my heart into everything you do
And it makes me sad for the lonely people
I walked that road for so long
Now I know that I'm one of the lucky people
Your love is making me strong

I've had enough bad love
I need something I can be proud of
I've had enough bad love
No more bad love

And now I see that my life has been so blue
With all the heartaches I had till I met you
But I'm glad to say now that's all behind me
With you here by my side
And there's no more memories to remind me
Your love will keep me alive

I've had enough bad love
I need something I can be proud of
I've had enough bad love
No more bad love

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Tears in heaven não era para entrar no circuito comercial. Clapton a compôs após a morte trágica de seu filho Conor. Mas, foi convencido por Lili Zanuck a incluí-la na trilha do filme Rush. A música fez muito mais sucesso do que o filme.

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