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Retratos & Reflexos (127)


Viver em uma megalópole como São Paulo é aprender a viver em meio ao barulho. Algumas vezes, o silêncio até assusta. Mas, para conversarmos com o nosso interior, é indispensável aprendermos a silenciar tudo a nossa volta e, talvez o mais difícil, silenciar nossa voz interna. É um exercício. Alguns chamam de meditação, outros de introspecção, há quem chame de loucura. Mas, a solitude é o caminho mais rápido para a busca da espiritualidade. Pensei nisso ao ver a imagem acima (Solitude, de Ruben Lopes) e ao ouvir a composição do seu quase xará, Rubem Amorese (letra) e Toninho Zemuner (música, produção e edição), No monte, interpretada por Hélvio Sodré (voz) e Marcelo Elias (guitarra).


No monte
Quase me esqueço da vida, aqui;
Quase me esqueço de mim.
Brisa cheirando a capim
Lembra uma história que ouvi.

Subo este monte pra te escutar.
Lá embaixo uma confusão:
Lutas, relógio e razão;
Venho ao teu templo pra orar.
Venho ao teu templo pra orar.

Em plena lida é difícil ouvir;
Sempre é mais fácil falar
E o coração enganar;
Pretexto pra prosseguir.

Se a solitude prevalecer,
Se o coração se calar,
E antigas veredas lembrar,
As minhas respostas vou ter.
As minhas respostas vou ter.

Venho ao teu templo...

(bridge)
Quero te ouvir nesta brisa.
Meu coração quer cantar.
O teu conselho é o caminho;
Nesta montanha eu vou orar.

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