Esta semana, outro caso ocupou as páginas dos jornais, porém sem o mesmo destaque. Porém, envolve crianças, morte e até políticos. Qual será o motivo que as emissoras de TV e rádio não fizeram plantão em tempo real na porta do Fórum da Barra Funda para cobrir esse caso?
Justiça condena 3 PMs por morte de jornalista em Porto Ferreira
Barbon foi morto após denunciar rede de pedofilia que envolvia vereadores no interior de SP
Do R7, com a Agência RecordTrês policiais e um comerciante foram condenados pelo Tribunal do Júri na madrugada deste sábado (27) pelo assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, morto em uma tocaia em maio de 2007, em Porto Ferreira (SP). Barbon havia denunciado uma rede de pedofilia que envolvia cinco vereadores, quatro empresários e um comerciante local. O caso teve repercussão nacional.
O sargento da PM Edson Luís Ronceiro, o capitão Adélcio Carlos Avelino e o comerciante Carlos Alberto da Costa receberam 18 anos e quatro meses de prisão por homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio contra um terceiro e formação de quadrilha.
O soldado Paulo César Ronceiro só escapou da pena de formação de quadrilha. Por isso recebeu 16 anos e quatro meses.
O caso Barbon teve início com as reportagens do jornalista mostrando um esquema de aliciamento de menores em Porto Ferreira. Barbon denunciou as festas nas quais participavam cinco vereadores, quatro empresários e um comerciante local, num rancho às margens do rio Mogi-Guaçú. O caso teve repercussão nacional.
Barbon, então com 37 anos, foi assassinado com dois tiros de espingarda calibre 12 num sábado, no Bar das Araras, em Porto Ferreira. A cidade de 51 mil habitantes fica a 227 km da capital, na região de Pirassununga e Campinas.
Segundo a acusação do Ministério Público, acatada pelo júri popular, o assassinato foi uma represália às reportagens. A sentença foi dada pelo juiz Cassiano Ricardo Zorzi Rocha, do 5º Tribunal do Júri da Barra Funda
Em março de 2008 os acusados foram presos preventivamente. Os PMs estão no presídio Romão Romes, na capital, e o comerciante na penitenciária de Itirapina.
Viúva teve de receber proteção especial
A viúva do jornalista, Kátia Carmago, entrou em janeiro de 2009 para o Programa de Proteção à Testemunha, depois que começou a receber ameaças.
Em novembro de 2008 a ONG Anistia Internacional divulgou pediu proteção à Kátia.
A organização internacional Repórteres Sem Fronteiras (RSF) também acompanhava o caso e já havia pedido agilidade no julgamento.
(Fonte: R7)
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