Quem não prestou atenção, esta semana pode
ter levado a revista errada pra casa...
Além das revistas, a mesma foto foi usada na primeira
página do jornal canadense Le Journal de Montréal,
que deu o crédito para agência Associated Press.
A Época reconheceu e explicou o fato em seu blog Faz Caber:
Pra fazer uma capa de uma cobertura jornalística de uma tragédia grande como a que ocorreu no Haiti, é necessário mergulhar com profundidade nas pesquisas de imagens. Ficar ligado 24hs na internet, TV e jornais. O olhar tem que estar treinado para cortar, ver detalhes e imaginar como aquela foto pode encaixar na capa.
Leia aqui na íntegra e conheça outras 5 opções de capas idealizadas pelo pessoal de arte da revista. Também é interessante a parte dos comentários, dos quais destaco duas respostas da equipe de Época:
Qual foi o tratamento dado à foto para chegar nesse resultado? E por que?
Eu escureci as bordas para dar mais destaque ao que realmente importava no corte da capa. A mão centralizada com as bordas sumindo, sem perder o sentido da imagem. Não precisava aparecer muita pedra, sujava a capa e perde o foco principal. Dá pra ver que o logo e a chamada fica com mais leitura no fundo escuro. Se eu usasse a foto sem tratamento dificilmente daria para ler a chamada.
A Veja não tem chamada, apenas a data. E na chamada da Zilda eles tiveram que colocar uma tarja escura.
Se alguém quizer fazer alguma pergunta específica sobre as capas fiquem à vontade. Algumas curiosidades: a TIME e NEWSWEEK em 60 anos de publicação repetiram 3 vezez a mesma imagem da capa. A Época tem 10 anos e esta foi as primeira vez que aconteceu da mesma foto ser publicada na capa da Veja.
Daria para comprar a foto com exclusividade? Em alguns casos sim. Por exemplo: na nossa capa do Michael Jackson pagamos para ter a foto com exclusividade, mas era uma foto antiga, não era a foto dele sendo levado para o hospital (como todos publicaram na época). No caso de agências de notícia acho um pouco mais difícil, as fotos são distribuídas simultaneamente para o mundo inteiro. Todos da imprensa mundial têm acesso, mas exclusividade neste caso não.
A gente fica na torcida para que aquela foto da capa que foi escolhida mais ninguém ache. Até sexta nenhum jornal brasileiro tinha publicado aquela foto da mão. Nem sabíamos que um jornal de Montreal tinha publicado.
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